Conforme se previa, o Brasil teve dificuldades. Acabou empatando por 1 a 1, mas teve mais chances de vencer que o adversário. Aliás, só não venceu porque Neymar desperdiçou um pênalti, e de maneira bizarra. Ok, escorregou. Não é a primeira vez que escorrega. Neymar bate pênaltis no Santos e na seleção. Nunca me convenceu por completo como batedor. É brilhante em todos os outros fundamentos. Como batedor de pênalti, tem de evoluir.
Mas, enfim, compensou amplamente a perda com o resto da sua atuação. Ao contrário do narrador e do comentarista da Globo vi Neymar comandando o ataque da seleção, abrindo espaços, tendo chances e, por fim, empatando o jogo com um golaço em seu estilo.
Como um todo, a seleção vai tomando forma, acertando detalhes. A dupla de volantes, Ramires e Paulinho, é muito boa. Castán, improvisado na lateral-esquerda, deixou muitos buracos às suas costas. Kaká, Oscar deram consistência à meia, embora não tenham mostrado atuações individualmente marcantes. Kaká deu maturidade a um time muito jovem.
Quarta-feira próxima tem Brasil e Argentina, mas só com os jogadores que atuam deste lado do Atlântico, o que dá um tom genérico ao jogo.
Ano que vem, a seleção deve evoluir para chegar forte à Copa das Confederações. Espera-se que não atrapalhe os clubes, como fez este ano, para não despertar antipatia nas torcidas.
Há dois anos da Copa no Brasil, ter essa cumplicidade com o público é fundamental. Veremos se pode ser restabelecida, após anos e anos de distanciamento e desmando da CBF.
Aliás, não é engraçado que o jogo histórico, milésimo da seleção, tenha sido disputado nos Estados Unidos? Isso não diz muito sobre a seleção e seu relacionamento com o torcedor brasileiro?