Pensei que fosse dar Atlético. Pesava a mística daquele time do "Eu Acredito", que parecia imbatível, mesmo conseguindo tudo com muito sacrifício, lances improváveis e nos segundos finais dos jogos.
E a partida em Minas começou reforçando essa ideia. Dois gols, aos 6' (Cazares) e 11' (Carlos) logo no começo, dando a impressão de que ia esmagar o adversário no Independência. Mas então brilhou a estrela de Maicon que, aos 16', meteu de cabeça, aproveitando um escanteio. O placar classificava o São Paulo pelo critério (duvidoso) do gol fora de casa. Mas, enfim, é a regra do jogo e foi bem aproveitada pelo time paulista.
O que se viu depois foi a força deste novo São Paulo, treinado por Edgardo Bauza, que tem duas Libertadores no currículo. O time soube se defender. Marcou o campo todo e, como o Atlético não conseguia fazer as jogadas, ou não as aproveitava, acabou ficando nervoso. Era também o que o São Paulo esperava e desejava. Time nervoso faz pressão. Mas é difícil que essa pressão renda alguma coisa de positivo.
Foi um jogo típico da Libertadores, um jogo "hispânico", se poderia dizer, até mesmo por ser disputado por times treinados por estrangeiros - Aguirre pediu demissão do Atlético hoje.
Jogo fraco, do ponto de vista técnico. Mas emoção não faltou.