Sempre é muito triste quando se vai um jogador que nos foi familiar. Foi o caso de Valdir Perez, que nos deixou neste domingo, aos 66 anos. Moço, para os padrões de hoje. Leio que estava bem, almoçou e teve um infarto fulminante. A vida é sopro, como dizia o grande Oscar Niemeyer, que, aliás, chegou aos 104 anos.
Valdir é, com justiça, associado ao São Paulo, clube pelo qual fez mais de 600 jogos. Mas foi também jogador do Corinthians e da seleção brasileira em três Copas do Mundo, titular na inesquecível (e dolorida) Copa da Espanha, em 1982.
Engraçado, nessa Copa Valdir começou mal e tomou um frango contra a União Soviética. Jogador de personalidade, não se abalou e foi um ótimo goleiro, até a hecatombe contra a Itália. Não pôde fazer nada nos três gols que desclassificaram o Brasil.
Foi um grande goleiro.
Conversamos uma vez com ele, Jotabê Medeiros e eu, no Carrefour Limão, anos atrás. Fomos para lá almoçar e, depois, tomando um cafezinho, o Jota, melhor fisionomista, falou, "Ué, não é o Valdir Perez?" Era ele. E, como nós, também tomava o seu café. Fomos conversar um pouco com ele. Não mais de cinco minutos, creio. Super simpático. Falamos, claro, de futebol, e da Copa de 1982, marcante para todos nós, imagine para quem estava dentro de campo e fez parte da melhor seleção brasileira pós-1970.
Que vá em paz.Os que o vimos jogar, agradecemos.
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