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Aos 23, Etiene assume papel de veterana na natação feminina

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Por Demetrio Vecchioli
Atualização:

Lembra do gol do Caniggia, que tirou o Brasil da Copa de 1990? Pois então, a natação feminina brasileira não lembra. Com raríssimas exceções, as principais atletas que participam do Troféu Maria Lenk, em São Paulo, nasceram já durante a década de 90. Sinal dos novos tempos.

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Há quatro anos, as estrelas da seleção brasileira feminina eram Fabiola Molina, Fernanda Alvarenga, Flávia Delaroli, Michelle Lanhardt, Tatiana Lemos Barbosa, Gabriella Silva e Joanna Maranhão. Procure por qualquer uma delas no Maria Lenk e você as encontrará, no máximo, nas arquibancadas do Parque Aquático do Ibirapuera.

Da "velha geração" sobraram Tatiane Sakemi, de 28 anos, e Carolina Mussi, de 25, além de Poliana Okimoto (30), que na verdade é uma maratonista que ajuda o clube nas piscinas. Coloque na conta Daynara de Paula e Manuella Lyrio, de 24,e você não encontrará mais nenhuma atleta de ponta vinda dos anos 80.

Na forte equipe do Sesi, que tem pelo menos seis selecionáveis, as veteranas são Daynara e Etiene Medeiros (23), duas meninas. "Eu vejo que eu peguei bastante gente e de repente elas sumiram. Foi uma transformação bastante significativa. A gente tem o exemplo da Daynara, que foi a duas Olimpíadas, e a gente tem que dar o exemplo. Soa estranho, com 23 anos dar exemplo, mas estou muito madura depois que vim para São Paulo. É um prazer ser um exemplo e eu estou aí para ajudar", comenta Etiene, que ganhou os 100 metros costa no Maria Lenk.

Na prova, teve a concorrência da corintiana Natalia de Luccas, de 17 anos, recordista sul-americana nos 200 metros costas. "Acho que a natação feminina está precisando disso, dessa competitividade. É muito bom estar competindo em alto nível. Espero que não só na minha prova, mas em outras provas também seja assim."

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Etiene também foi toda elogios ao trabalho do Sesi, treinado por Fernando Vanzela, técnico da seleção, e que reúne ela, Daynara, Jessica Cavalheiro, Bruna Primati, Ana Marcela Cunha e Giovanna Diamante. "Lidar com mulher é bem delicado. Hoje no Sesi a gente vê que o Sesi dá um suporte para a gente bastante legal. É bem bacana quando a gente tem um trabalho diferenciado e o Sesi está conseguindo fazer isso."

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