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Brasil aproveita torneio esvaziado no México e sobe no ranking do badminton

A Confederação Brasileira de Badminton está aproveitando bem a extensa temporada de torneios do Circuito Mundial na Pan-América, todos em nível International Series (seria o ATP250 do tênis), Challenger ou Future, que distribuem ao campeão, respectivamente, 4 mil, 2,5 mil e 1,7 mil pontos.

Por Demetrio Vecchioli
Atualização:

O Aberto do México, no último fim de semana, é exemplo dessa estratégia bem-sucedida. Aproveitando uma chave praticamente só de mexicanas, Lohaynny Vicente e Fabiana Silva não tiveram trabalho de chegar à final. A mais jovem foi campeã e somou 4.000 pontos, contra 3.400 da companheira.

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Como participou de apenas sete torneios na temporada, Lohaynny ainda soma tudo que ganhar, sem precisar de descartes. Assim, na próxima atualização do ranking mundial, pode aparecer entre as 75 melhores do mundo, com Fabiana Silva no Top80. Para ambas será o melhor ranking das suas carreiras (e da história do badminton feminino brasileiro).

Tudo isso sem que nenhuma das duas tenha saído das Américas. Praticamente sem enfrentar as melhores do mundo (que estão na Ásia e, em menor grau, na Europa). Mas, agora que têm bom ranking, elas podem pegar chaves melhores quando se arriscarem contra essas atletas de melhor capacidade.

Além disso, o ranking atual das brasileiras garantiria a melhor delas na Olimpíada, passo fundamental para o crescimento da modalidade no Brasil. No masculino, hoje, o País não estaria nos Jogos do Rio/2016, por exemplo.

OUTROS RESULTADOS - No México, o Brasil teve Daniel Paiola vencendo dois cabeças de chave para perder apenas na final, do cubano Osleni Guerrero, o melhor do continente. Com os 3.400 pontos que ganhou, deve voltar ao Top100 do mundo. Foi seu melhor resultado na temporada depois da frustração de ficar fora dos Jogos de Londres.

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Nas duplas femininas, título de Paula Pereira e Lohaynny. A parceria deve encostar no top60 do mundo, após participar de apenas sete torneios. Mas, para ir ao Rio, tem que ser a melhor do continente e as norte-americanas Eva Lee e Paula Obanana estão muito à frente.

Já nas duplas mistas só deu Brasil no México, com ouro de Paula/Daniel, prata de Hugo Arthuso/Fabiana e bronze para Lohaynny/Alex Tjong. Os campeões vão entrar top60 e já devem se tornar a segunda dupla do continente. A briga é contra Phillip Chew/Jamie Subandhi, dos EUA.

A semana, porém, acabou sendo ruim para a Alex Tjong e Hugo Arthuso. A dupla que já é a 62.ª do mundo tinha chances de ir para top50 e encostar em Adrian Liu/Derrick Ng, do Canadá, mas perdeu de uma dupla mexicana logo nas quartas de final. Não deve avançar muito no ranking.

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