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Brasil ganha 33 medalhas na luta olímpica, mas poucos empolgam

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Por Demetrio Vecchioli
Atualização:

O CEFAN (Centro de Educação Física Almirante Adalberto Nunes), da Marinha, no Rio, recebeu no fim de semana passado a chamada Copa Brasil Intercontinental de Luta Olímpica. A Confederação Brasileira de Luta Olímpica (CBLA) inicialmente comemorou a vinda de campeões olímpicos e mundiais para a competição. Depois, festejou ter faturado 33 medalhas. É bem legal, claro, mas não é tão maravilhoso assim. A enorme maioria dessas medalhas não significa nada.

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A Rússia decidiu participar da competição (até porque o calendário internacional da luta é curto) e mandou ao Brasil boa parte dos seus melhores nomes no masculino, como Roman Vlasov, campeão olímpico em Londres, Besik Kudokhov, dono de duas medalhas olímpicas. No feminino, time B da Rússia. Argentina e Equador também mandaram seleções. De resto, meia dúzia de suecas, um casaque e uma holandesa. E só.

MEDALHAS CERTAS - Como teve categoria com três inscritos, outras com até nove atletas, sendo oito brasileiros, pelo menos 18 medalhas eram certas para o Brasil. Descontando ainda disputas contra Argentina e Equador, países hoje mais fracos que o Brasil na luta, essa conta sobe para umas 25 medalhas certas antes do início da competição.

A Copa Brasil teve 21 categorias, três a mais do que haverá no programa olímpico, divididas igualmente em luta livre masculina, luta livre feminina e luta greco-romana. Entre as mulheres, a campanha foi boa por conta das mesmas categorias que foram ao Mundial.

FEMININO VAI BEM - Principal atleta brasileira, Joice Silva mostrou força. Numa chave de cinco atletas, todas lutaram contra todas. A brasileira da categoria até 59kg venceu Anna Makisimov, mas perdeu da também russa Oksana Nagornyky. Pelos critérios de desempate, ficou com o bronze. Vale lembrar, Joice foi às quartas de final no Mundial.

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Na até 63kg, Dailane Gomes venceu a sueca Henna Johansoon, superou também Laís Nunes (ambas atletas que foram ao Mundial), e ficou com a prata. Bom resultado que pode abrir vaga para ela na seleção.

Aline Ferreira (72kg) foi outra a enfrentar um quadrangular duro. Venceu uma russa e uma argentina, mas foi superada pela sueca Jenny Fransson, lutadora que também esteve no Mundial. Ficou com a prata.

Outra a terminar em segundo, Susana Almeida (48kg) venceu uma sueca e perdeu para a russa na final. Na até 51kg, Mayara Graciano perdeu de uma holandesa e de uma argentina. Foi bronze sem empolgar. Giulia Penalber e Gilda Oliveira não venceram ninguém, mas ficaram com o bronze. Dessas todas, só Gilda foi ao Mundial. E perdeu na estreia.

LUTA LIVRE MASCULINA NÃO EMPOLGA - Pelos resultados no papel (sem levar em conta as lutas que não vi), não há muito o que comemorar na luta livre masculina. Os russos ganharam todos os ouros que disputaram e acabou ficando com a prata o melhor brasileiro da outra chave. Em síntese, foi isso.

Esse papel foi de Hugo Gunha (120kg), Waldeci Silva (60kg), Tassio Lima (74kg) e Juan Bittencourt (96kg). Na falta de russos, Wellington Silva (55kg) foi ouro num triangular. Douglas Vieira (66kg), Pedro Rocha (84kg) perderam de equatorianos e ficaram com o bronze.

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GRECO-ROMANO VAI MELHOR - Como de costume, a luta greco-romana vai um pouco melhor do queestilo livre no masculino. Destaque para Ronisson Santiago (84kg), que venceu dois argentinos e um equatoriano para ganhar o ouro. Diego Romanelli (60kg) e Rodrigo Falabela (55kg) só precisaram vencer brasileiros e argentinos nos quadrangulares e também ficaram em primeiro.

Antoine Jaoude (120kg) só venceu brasileiros para ficar com o bronze.Na até 66kg, se inscreveram três russos, um casaque e dois equatorianos. Assim, Rafael Messias foi o melhor do País, em quinto. Angelo Moreira (74kg) só venceu brasileiros para ser medalhista de prata- perdeu de um russo na final. Por fim, na até 96kg, o Brasil não competiu.

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