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Cesar Cielo e Matheus Santana alçam revezamento a esperança de medalha

Por Demetrio Vecchioli
Atualização:

Na ponta do lápis, o Brasil já pode se dizer candidato real a uma medalha no revezamento 4x100 metros livre masculino seja no Mundial de Kazan (Rússia) no ano que vem, seja nos Jogos Olímpicos do Rio/2016. Afinal, quatro três dos oito melhores tempos do mundo nos 100 metros livre de 2014 foram feitos neste sábado, na final do Troféu Maria Lenk, vencida por Cesar Cielo, do Minas. A prova ainda teve novo recorde mundial júnior, com Matheus Santana, da Unisanta.

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Hoje, as somas dos tempos dos três primeiros do Maria Lenk mais o de Marcelo Chierighini, que liderou o ranking brasileiro no ano passado, dá um tempo mais baixo do que a soma dos quatro melhores tempos da França ao fim de 2013. E os franceses venceram o Mundial de 2013, em Barcelona, no revezamento 4x100m livre.

De volta aos 100m livre depois de não nadar a prova nenhuma vez em 2013, Cesar Cielo venceu em São Paulo com 48s13 e assumiu o terceiro lugar do ranking mundial. Os dois primeiros são australianos. Matheus Santana fez 48s61 e baixou o recorde mundial em 36 centésimos. Entre os adultos, é o sétimo de 2014. João de Lucca, com 48s67, fica em oitavo do ranking.

O otimismo com o revezamento é alto porque Cielo, Matheus e João tendem a evoluir até 2016. Afinal, João e Cielo só agora começaram a focar nos 100m livre. Matheus ainda tem 18 anos. Marcelo Chierighini foi mal no Maria Lenk, mas teve 48s11 como melhor tempo de 2013. E o Brasil ainda tem Bruno Fratus, Alan Vitória, Nicolas Nilo Oliveira e Leonardo Alcover, todos com condições de nadar, pelo menos, para 49 baixo.

C", disse o recordista mundial da prova.

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"Matheus tem tudo pra ser o próximo nome do 100m livre no Brasil. Mas é comemorar uns dois dias e depois botar a cara na água e treinar muito. É muito legal ser recordista mundial júnior, primeiro do País a conseguir isto, mas queremos é ele nos Jogos do Rio. Conversei com ele após a prova e disse que se ele quiser treinar um pouco comigo é só me ligar, pra um dar pau no outro no treino, que é importante isto. Quanto mais afinidade e entrosamento o revezamento tiver, melhor", comentou.

Cielo, nos últimos anos, foi muito criticado por não pensar no revezamento. Para vencer os 50m livre, evitava se desgastar nadando revezamento. Agora o papo é outro. No Minas, Cielo voltou a treinar os 100m. Além disso, pelo clube, nadou todos os revezamentos no Maria Lenk e descobriu que dá para nadar em alto nível diversas vezes durante a semana. A vitória nos 100m livre veio na oitava caída na piscina. No Mundial, terá que nadar 10 vezes.

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