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Sua dose diária de esporte olímpico brasileiro

É só o começo - Ouro no Mundial Juvenil mascara trabalho ruim de base no tae kwon do

Por Demetrio Vecchioli
Atualização:

Todo grande resultado deve ser exaltado. É fantástico o Brasil ter um campeão mundial juvenil de tae kwon do, título conquistado, na semana passada, em Taiwan, pelo paraibano Edival Marques, na categoria até 63kg. Foram seis lutas do garoto de 16 anos até o título no Mundial para atletas nascidos entre 1997 e 1998.

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Antes, ele, que havia sido destaque do Brasil nos Jogos Sul-Americanos da Juventude, em setembro do ano passado, e havia conquistado vaga nos Jogos Olímpicos da Juventude deste ano. Na semifinal da seletiva, também em Taiwan, perdera do russo Soso Kvartshava. Depois, vingou-se exatamente na final do Mundial, em grande estilo.

Mas, assim como já havia acontecido no Mundial adulto do ano passado, quando Guilherme Dias, com bronze, mascarou uma péssima campanha, de oito vitórias de 15 atletas, no Mundial Juvenil o desempenho geral da delegação foi sofrível. Ainda pior do que os adultos.

Numa delegação de 20 atletas, só sete atletas conseguiram vencer. E seis deles ficaram logo na segunda luta. Ou seja: apenas um brasileiro chegou às quartas de final (Edival). Oitavas de final, só mais uma, com Milena Titoneli (até 68kg). Ela também conseguiu vaga nos Jogos Olímpicos da Juventude.

A competição é exemplo concreto de que o quadro de medalhas de uma competição não pode refletir o momento de uma modalidade num determinado país. O Brasil vai muito mal no taekwondo. Onze países ganharam mais vagas que o Brasil para Nanjing - outros oito também receberam duas vagas. Em Nanjing serão oito competidores em cada uma das 10 categorias (cinco por gênero). Cada país podia levar três meninos e três meninas.

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GINÁSTICA - Uma vez que inexiste um Campeonato Mundial Juvenil de Ginástica Artística, o torneio mais importante para o Brasil é mesmo o Pan, que ocorreu em Aracaju. No feminino, tudo dentro do normal. Rebeca ganhou três aparelhos e só perdeu no solo, ficando atrás de Flávia Saraiva, que levou a melhor no individual geral. Mais uma vez, notas que colocam as brasileiras entre as melhores do mundo na categoria.

No masculino o nível não é mesmo. Exceção a Ângelo Assumpção, que não competiu, parece não haver nenhum fora de série na equipe que ganhou uma medalha de ouro, uma de prata e duas de bronze. Luis Porto ganhou no salto (13.788), Lucas Cardoso foi prata no solo (14.125) e Gabriel Farias ficou com bronze na barra fixa (13.125) e nas argolas (13.150). Nenhum resultado sequer passaria perto de colocá-los na final da Copa do Mundo de Doha, também na semana passada.

No feminino, Rebeca seria ouro no salto e nas paralelas. E ainda levaria bronze na trave. Flávia ganharia bronze no solo (Rebeca, que ficou logo atrás, também).

ATLETISMO - Bruno Valerio, de 18 anos, saltou 7,71m neste domingo em Campinas para fazer o índice no salto em distância para o Mundial de Juvenis de Atletismo. A marca lhe daria o 20.º lugar no ranking mundial da categoria no ano passado. Ana Paula Caetano de Oliveira também se garantiu na competição, no salto em altura, com 1,82m, equivalente ao 36.º do ranking 2013. Ela melhorou 1cm seu recorde pessoal no primeiro ano como juvenil.

Já Isabela da Silva, com 52,15m ratificou a condição de candidata a uma medalha no Mundial no lançamento do disco. No ano passado ela foi 10ª do ranking mundial, com 55,88m.

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POLO AQUÁTICO - No fim de semana do dia 24 foi disputado, em São Paulo, o Campeonato Brasileiro Sub-17 de Polo Aquático. E não houve surpresas. No masculino, decisão entre os dois times que mais investem, hoje, na formação de atletas. Sesi e Pinheiros empataram em 10 a 10, com o time da Vila Leopoldina levando a melhor nos pênaltis. No feminino, o Flamengo fez 6 a 5 no Sesi na final. Dez times entre os homens e só quatro entre as mulheres (também Pinheiros e Paineiras) participaram.

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