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Equipe brasileira é bronze na maratona aquática e Poliana completa coleção

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Por Demetrio Vecchioli
Atualização:

Texto meu para a AE

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A maratona aquática rendeu, nesta quinta-feira, mais uma medalha para o Brasil no Mundial de Esportes Aquáticos de Barcelona. Depois de Ana Marcela Cunha e Poliana Okimoto conquistarem duas medalhas cada, desta vez foi a vez de o time formado pela própria Poliana, por Allan do Carmo e Samuel de Bona ficar com o bronze na prova por equipes.

Nesta prova, as equipes formadas por três nadadores (dois homens e uma mulher) largam com diferença de 2 minutos e precisam completar o percurso de 5km no menor tempo possível. Vale, porém, a marca registrada pelo último atleta de cada time a bater na tábua de chegada.

Desta forma, os atletas de um mesmo país precisam nadar juntos, de forma com que os homens, mais rápidos, "puxem" a mulher, normalmente mais lenta. Por conta do arrasto, Poliana completou a prova desta quinta-feira com o tempo de 54min03s12. Como comparativo, no sábado, na disputa individual de 5km, ela havia marcado 56min34s4 para ficar com a prata.

A medalha é inédita para o Brasil na prova por equipes, que entrou no programa do Mundial em Xangai, há dois anos. Antes, em Barcelona, a equipe brasileira já havia conquistado feitos inéditos em todas as outras provas das maratonas aquáticas em Barcelona: ouro e prata de Poliana e Ana Marcela nos 10km, terça-feira, prata e bronze da mesma dupla nos 5km, sábado, sexto lugar de Samuel de Bona na prova mais curta e sétimo de Allan do Carmo na mais longa.

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Nesta quinta, quando completou a prova, o Brasil era a segunda equipe mais rápida, atrás apenas da Alemanha. Mas logo em seguida também a Grécia passou o time brasileiro por míseros 0s2, tempo praticamente irrelevante numa prova de 5km contra o relógio. Mas suficiente para dar a prata aos gregos e deixar os brasileiros torcendo contra as equipes que ainda nadariam. Nenhuma deles, porém, chegou sequer perto de tirar a quinta medalha do País em Barcelona.

O Brasil ainda vai buscar outras duas medalhas nas maratonas aquáticas em Barcelona. No sábado, Ana Marcela Cunha tentará o bicampeonato mundial na prova de 25km, a mais longa e cansativa da natação. No masculino, o representante do Brasil será Allan do Carmo, que terá apenas dois dias para descansar antes de brigar pela primeira medalha brasileira em provas masculinas em mundiais de maratona aquática.

Poliana chegou à sua sexta medalha: foi prata nos 5km e nos 10km no Mundial de Maratonas Aquáticas de 2006, bronze nos 5km no Mundial de Esportes Aquáticos de 2009, em Roma, e agora, em Barcelona, ela já havia faturado o ouro nos 10km, distância olímpica, e a prata nos 5km.

"Estou muito feliz. Esses meninos mereciam demais essa medalha. O Allan começou junto comigo, quando a gente era iniciante em maratona. Eles dois merecem demais. Estou muito feliz de poder comemorar com eles", comemorou Poliana Okimoto, em entrevista ao SporTV.

Allan tinha a opção de não nadar a prova. Sétimo colocado nos 10km, segunda-feira, ele ainda vai nadar os 25km no próximo sábado. Não quis descanso e escolheu nadar por equipes nesta quinta, mesmo sabendo que Luis Rogério Arapiraca estava pronto para substituí-lo - e inclusive constava na start lista da prova. O baiano foi recompensado com o bronze.

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"A primeira vez a agente nunca esquece. Desde o inicio a gente confiou na medalha, fez uma estratégia, montou tudo direitinho. Está todo mundo de parabéns: eu, Poliana, Samuel. Vamos pros 25km, descansado, para que venha um grande resultado", comentou ele.

O gaúcho Samuel de Bona, que ao lado de Allan é há alguns anos o melhor nome da maratona aquática brasileira, mas nunca havia estado entre os grandes do mundo, também era só felicidade com a medalha. "Eu não tenho nem palavras. A gente confiou nessas prova, fez um trabalho excelente e conquistamos essa medalha. A Poliana já tem várias, mas para mim e para o Allan é a primeira em Mundial."

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