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Mudanças nas regras do judô devem proporcionar mais ippons

Por Demetrio Vecchioli
Atualização:

Vamos dar uma pausa no noticiário sobre a Lais Souza para falar um pouco de judô. A modalidade terá, novamente, mudanças importantes nas regras, que já começam a valer no Grand Slam de Paris, no próximo fim de semana. Até ontem (quinta), os atletas não sabiam direito quais eram essas mudanças.

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Nesta sexta-feira, eles receberam uma palestra do árbitro internacional Edson Minakawa. Nas lutas em si, a principal mudança é quanto ao entendimento de quando é um golpe é ippon. A partir de agora, a pontuação máxima deve ser dada mais vezes.

"A projeção que, por conta da velocidade, causar dúvida se o adversário caiu totalmente chapado com as costas no chão ou com uma pequena porção dela lateralmente, será considerada ippon. Isso evita que se tenha que olhar quatro ou cinco vezes o replay em câmera lenta para definir se foi ou não ippon", explicou Edson.

Outras mudanças são mais técnicas, difíceis de serem explicadas para quem não conhece a terminologia e os golpes de judô. Mas é muita alteração, como pode ser visto no documento da CBJ. O problema é que os atletas têm sete dias para se adaptarem antes de participarem de uma das principais competições do ano, sábado e domingo que vem.

As outras mudanças já eram conhecidas dos atletas. No feminino, a luta passará a ter 4 minutos, e não mais cinco, como segue sendo com os homens. A pesagem, que até 2012 acontecia na hora da luta, segue sendo feita um dia antes, como foi no ano passado. Mas agora, em cada competição, quatro atletas precisam se pesar novamente antes de subir ao tatame e não podem ter mais do que 5% do peso da categoria. Assim, na até 100kg, por exemplo, o judoca pode lutar com 105kg.

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Outra mudança importante é o aumento em cerca de cinco centímetros no cumprimento da manga do quimono, que deve facilitar a pegada.

Conversei com alguns judocas na quinta e todos criticaram as mudanças, porque mais uma vez os judocas têm que começar o ano se adaptando a regras novas. Leandro Guilheiro ainda criticou a mudança na pesagem. Para ele, a possibilidade de perder peso na véspera da luta para se lutar com 4,2kg a mais (na categoria dele) só vai incentivar os atletas a passarem por uma rotina emagrecimento forçado, prejudicial à saúde.

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