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Pesados fazem as honras do Brasil em Baku

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Por Demetrio Vecchioli
Atualização:

A elite do judô brasileiro se dividiu entre Baku, no Azerbaijão, e Belo Horizonte, em Minas Gerais, no último fim de semana. Um pedaço da seleção brasileira participou de um Grand Slam, enquanto boa parte dos restantes disputaram, por seus clubes, o Troféu Brasil.

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Os melhores resultados brasileiros em Baku vieram nas categorias pesadas. No feminino, Maria Suelen Altheman venceu na final a turca Belkis Kaya (hoje quarta do mundo) para chegar ao segundo lugar no ranking mundial. Claudirene Cezar perdeu para a compatriota na semifinal, ficou sem medalha, mas subiu para o 25º lugar do mundo. Rochele Nunes, numero 2 do Brasil, foi só apenas a sétima em BH.

No masculino, Rafael Silva (segundo do mundo) não foi ao Azerbaijão, mas mesmo assim a final foi brasileira. Melhor para Walter Santos, que venceu David Moura e agora é o número 8 do mundo, com o rival em décimo.

Isso, porém, não significa que eles estejam entre os 10 melhores do mundo (ou que não estejam). Walter, por exemplo, chegou a este posto porque, no último ano, foi ao pódio sempre que lutou. Mas participou apenas de torneios fracos: em Baku (onde fez três lutas, apenas), de dois Campeonatos Sul-Americanos, um Open esvaziado em Buenos Aires e um Grand Slam esvaziadíssimo no Rio. Ainda não pegou nenhum rival relevante para ser testado e provar seu valor.

60kg e 66kg - Em Baku, Diego Santos e Leandro Cunha perderam para novatos (um turco e um georgiano, respectivamente). Em BH, vitórias dos desconhecidos Vítor Torrente e Vinicius Leal, em disputas sem atletas da seleção.

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73kg - Medalha para Marcelo Contini, de bronze, após vencer o georgiano Zebeda Rekhviashvili na repescagem. Agora ele é o 15º do mundo e ameaça ainda mais a titularidade de Bruno Mendonça, o 10º. Vale lembrar que quem estiver na frente no ranking deve lutar o Mundial do Rio, no meio do ano. Em BH, Adriano Santos, número 3 do Brasil, venceu Alex Pombo (4) na semifinal e ficou com o título.

81kg - Felipe Costa perdeu logo na estreia, para um judoca da casa. Agora ele aparece no 33º lugar, enquanto Victor Penalber lidera o ranking. Em BH, disputa sem grandes nomes.

90kg - Nacif Elias também tropeçou num atleta da casa e parou na estreia. No Troféu Brasil, Eduardo Silva venceu a disputa entre Eduardos (o Santos e o Faria estavam nas semifinais). Santos, da Sogipa, havia ido melhor no giro sul-americano, porém. No ranking, depois de Tiago Camilo a ordem é: Silva, Santos e Nacif Elias.

100kg - Rafael Buzacarini até venceu a primeira luta, contra um ucraniano, mas foi eliminado por um bielo-russo na sequência. Agora está em 59º do ranking mundial (como número 4 do Brasil). Em BH, disputa interna do Minas na final do Troféu Brasil, com vitória de Luciano Corrêa sobre Hugo Pessanha. Os dois que brigaram por uma vaga nos Jogos de Londres agora estão na sombra de Renan Nunes, quinto do mundo.

Entre as mulheres, o Brasil foi com uma seleção desfalcada a Baku. Na categoria 63kg, Mariana Barros perdeu na estreia. Assim, aparece no 26º lugar do ranking e não ameaça Katherine Campos. Na até 70kg, Nadia Merli venceu uma luta e está em 23º, longe de Maria Portela, a quinta.

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Enquanto isso, em BH, muita gente boa. Na 57kg, por exemplo, Ketleyn Quadros (13 do mundo) precisou vencer Rafaela Silva (quarta), Flávia Gomes (campeã mundial juvenil) e Giulia Penalber (irmã de Victor).

Na disputa entre promessas na categoria 48kg, vitória de Nathália Brigida sobre Gabriela Chibana. Numa categoria acima (52kg), vitória de Raquel Silva (irmã de Rafaela) sobre Milena Mendes na briga direta pelo posto de terceiro nome do Brasil.

Maria Portela (quinta do mundo) decepcionou e perdeu para Bárbara Timo (Flamengo) na semifinal da categoria até 70kg. A rival acabou campeã. Já Mayra Aguiar (segunda do ranking) fez o dever de casa e faturou o título da até 78kg.

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