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Sua dose diária de esporte olímpico brasileiro

Rafael e Suelen já projetam como bater algozes no judô

Quando solicitados para tirar fotos juntos com as medalhas de prata que conquistaram neste sábado, os pesos pesado Rafael Silva e Maria Suelen Altheman expuseram sentimentos diferentes. Ela sorria fácil. Ele até tentava um sorriso amarelo a pedido dos fotógrafos, mas não conseguia esconder a decepção.

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Por Demetrio Vecchioli
Atualização:

Os dois foram derrotados por seus maiores algozes. Suelen perdeu pela quinta vez para Idalys Ortiz, de Cuba. Já Rafael, o Baby, acumulou seu sexto revés diante do francês Teddy Riner. Os brasileiros já pensam em como reverter esse cenário no futuro.

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"Estou feliz pelo resultado, mas triste por ter perdido para ele. Saio decepcionado, é complicado perder para o meu maior rival", lamentou Rafael, que não escondeu em nenhum momento que treina para vencer Teddy Riner, o francês que só foi derrotado uma vez desde 2008 (para um japonês, em Tóquio, com arbitragem questionável).

O brasileiro usa o francês como referência. "Ele é o alvo, todo mundo treina pensando pensado nele. Agora é desenvolver uma tática para neutralizar o jogo dele de pegada e movimentação. Mas temos que valorizar o Riner. Ele inovou o jeito que se luta no pesado. Isso me ajuda a treinar e a evoluir", opinou Rafael.

Apesar da prata, ele não quer repetir o desempenho na Olimpíada do Rio. "Agora é treinar para em 2016 ser um Rafael totalmente diferente", diz o brasileiro, que avisa: "O Riner não é imbatível".

Já Maria Suelen não admitiu a superioridade da rival e colocou a culpa da derrota em si mesmo. "Eu errei, andei para trás, e não posso errar. Mas é a adrenalina. Agora vou ver o vídeo, ver o que aconteceu, e trabalhar para que não aconteça mais", afirmou a brasileira.

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Rochele Nunes, também da categoria pesado, já venceu Ortiz duas vezes, inclusive na final da Universíade, mês passado, mas não disputou o Mundial por conta de uma lesão. A gaúcha foi até a área de aquecimento para dar dicas a Suelen antes da luta, mas não deu resultado.

"Não adianta comparar. São atletas diferentes, com estilos de jogo diferente. O meu não bate com o da Ortiz. Bom, pelo menos até agora não bateu", reforça Suelen, como prevendo que uma hora isso acontecerá e ela enfim vencerá a cubana.

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