Os dois foram derrotados por seus maiores algozes. Suelen perdeu pela quinta vez para Idalys Ortiz, de Cuba. Já Rafael, o Baby, acumulou seu sexto revés diante do francês Teddy Riner. Os brasileiros já pensam em como reverter esse cenário no futuro.
"Estou feliz pelo resultado, mas triste por ter perdido para ele. Saio decepcionado, é complicado perder para o meu maior rival", lamentou Rafael, que não escondeu em nenhum momento que treina para vencer Teddy Riner, o francês que só foi derrotado uma vez desde 2008 (para um japonês, em Tóquio, com arbitragem questionável).
O brasileiro usa o francês como referência. "Ele é o alvo, todo mundo treina pensando pensado nele. Agora é desenvolver uma tática para neutralizar o jogo dele de pegada e movimentação. Mas temos que valorizar o Riner. Ele inovou o jeito que se luta no pesado. Isso me ajuda a treinar e a evoluir", opinou Rafael.
Apesar da prata, ele não quer repetir o desempenho na Olimpíada do Rio. "Agora é treinar para em 2016 ser um Rafael totalmente diferente", diz o brasileiro, que avisa: "O Riner não é imbatível".
Já Maria Suelen não admitiu a superioridade da rival e colocou a culpa da derrota em si mesmo. "Eu errei, andei para trás, e não posso errar. Mas é a adrenalina. Agora vou ver o vídeo, ver o que aconteceu, e trabalhar para que não aconteça mais", afirmou a brasileira.
Rochele Nunes, também da categoria pesado, já venceu Ortiz duas vezes, inclusive na final da Universíade, mês passado, mas não disputou o Mundial por conta de uma lesão. A gaúcha foi até a área de aquecimento para dar dicas a Suelen antes da luta, mas não deu resultado.
"Não adianta comparar. São atletas diferentes, com estilos de jogo diferente. O meu não bate com o da Ortiz. Bom, pelo menos até agora não bateu", reforça Suelen, como prevendo que uma hora isso acontecerá e ela enfim vencerá a cubana.