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Renato Rezende não passa das oitavas no Mundial de BMX

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Por Demetrio Vecchioli
Atualização:

Demorei a conseguir o link para assistir ao Mundial de BMX, sábado, direto de Auckland (Nova Zelândia). Quando consegui, depois de uma hora de competição, nenhum brasileiro mais estava competindo. Era o sinal de que a competição foi bem aquém do esperado para o País.

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O texto sai só agora (terça) porque estava tentando descobrir o que aconteceu. E não foi nada diferente do que o normal numa competição de BMX, principalmente no Mundial, em que qualquer erro é fatal.

Renato Rezende foi o 22º no time trail, mas, como é um dos 16 melhores do ranking mundial, passou direto às oitavas de final. Mesmo largando no terceiro gate (é sempre melhor largar mais perto do gate 1, para fazer a primeira curva mais fechada e sair em vantagem), acabou na sexta e última posição da sua bateria. Só os quatro primeiros avançaram e o brasileiro ficou pelo caminho.

Miguel Dixini acabou apenas no 50º lugar na tomada de tempo. Por isso precisou correr na fase eliminatória, antes das oitavas de final. Acabou em último no seu grupo (depois de três baterias) e foi eliminado.

Rogério dos Reis errou na tomada de tempo e foi apenas o 66º e penúltimo. Também teve que passar pela eliminatória, mas avançou terminando em quarto do seu grupo. Nas oitavas, porém, foi o sexto e último da sua bateria. Parou pelo caminho junto com Renato Rezende.

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No feminino, Bianca Quinalha, única representante brasileira, foi a 20ª mais rápida entre as 29 competidoras que passaram pela tomada de tempo. Nas quartas de final, ela foi quarta colocada da primeira bateria e sofreu uma queda na segunda. Com dores nos ombros, completou em sexto e não voltou para a terceira bateria, sendo eliminada.

Todos os brasileiros lamentaram o resultado. Renato e Bianca também criticaram a largura da pista que não comportava oito pilotos (realmente foram muitas as quedas durante o Mundial). Eles só não citaram que foram eliminados em baterias que só tinham seis competidores.

"A competição teve muitos acidentes pela pista não ter espaço para os oito atletas. Fiquei triste por não ter conseguindo competir, mas a dor era maior", escreveu Bianca Quinalha.

"Foi uma competição muito diferente aqui na Nova Zelândia e nenhum dos favoritos conseguiu chegar à final (o que não é verdade). A edição teve recorde de acidentes e todos os pilotos reclamaram da pista, que era muito estreita para comportar oito pilotos. Mesmo sabendo disso tentei fazer meu melhor, mas não foi o bastante. Apesar de tudo, saio com a sensação de dever cumprido por ter superado minha lesão e feliz por não ter me envolvido em nenhum dos inúmeros acidentes", comentou Renato Rezende.

"Mundial não foi o que esperava. Ontem (sábado) infelizmente não consegui fazer o que sei fazer de melhor na vida, andar de bike. Tive algumas complicações aqui em Auckland devido a uma gripe mal curada que tive duas semanas atrás. Me cobro muito, peço desculpas a todos pelo mal desempenho e espero nunca mais repetir isso", desabafou Miguel Dixini.

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