Foto do(a) blog

Sua dose diária de esporte olímpico brasileiro

Scheidt sofre sem vento, mas fica com prata em Miami

A falta de ventos atrapalhou muito a Copa do Mundo de Miami na Vela, encerrada neste sábado. Na classe Laser, por exemplo, estavam programadas 10 regatas na fase de classificação, mas só cinco delas foram realizadas, todas com ventos fracos. Acostumado a vencer pela regularidade, Robert Scheidt acabou prejudicado, até porque foi mal na primeira regata, mas conquistou a prata.

PUBLICIDADE

Por Demetrio Vecchioli
Atualização:

Isso porque, neste sábado, ele aproveitou as boas condições climáticas para vencer a medal race e beliscar a segunda posição geral, atrás apenas do croata Tonci Stipanovic. Bruno Fontes foi segundo na regata da medalha e acabou em quinto numa flotilha única com absurdos 90 barcos.

"Esta etapa (da Copa do Mundo) foi atípica. A falta de vento testou muito os atletas, exigindo não só paciência e concentração, mas também muita técnica. Tivemos poucas regatas, o que tornou mais difícil as chances de chegar ao pódio. Mas hoje (sábado) foi um bom dia, consegui velejar bem e vencer. Estou bem feliz com o resultado", comentou Scheidt, via assessoria.

 Foto: Estadão

PUBLICIDADE

A outra medalha brasileira em Miami veio na Finn, com o campeão mundial Jorge Zarif. Numa classe que teve seis regatas (sete com a medal race), ele acabou prejudicado por uma participação ruim no último dia. A vitória ficou com o britânico Giles Scott, que já havia vencido na Copa Brasil de Vela, em Niterói, há duas semanas. Bruno Prada acabou apenas em 16.º e já sai atrás de Zarif na briga pela vaga brasileira na Olimpíada do Rio.

Outra classe em que o Brasil ganhou medalhas em Mundial no ano passado, a 49er FX, teve Martine Grael/Kahena Kunze completando na quarta colocação, a 12 pontos das medalhistas de prata. A vitória foi do barco francês, que já havia superado as brasileiras no Norte-Americano de Vela, há uma semana. Juliana Senfft/Gabriela Nicolino acabou em nono entre 34 barcos.

De forma geral, os resultados brasileiros foram dentro do esperado, com duas medalhas em três chances reais. Outros cinco barcos chegaram à medal race, com dois brigando por pódio, mas falhando.

Publicidade

OUTROS RESULTADOS: Na 470 masculina, Henrique Haddad/Bruno Bethlem ficou em nono, enquanto Geison Mendes/ Gustavo Thiesen acabou no 15.º lugar. Na 470 feminina, a parceria Renata Decnop/Isabel Swan foi sexta colocada entre apenas 10 barcos.

Na prancha à vela, Bimba foi último na medal race e (surpresa!) perdeu a medalha que parecia certa, completando em quinto na RS:X masculina. Gabriel Bastos foi 21.º. Na feminina, Patrícia Freitas ficou a três pontos da medalha, em quinto.Bruna Martinelli vinha bem, mas teve problemas na última regata e ficou fora da medal race, em 11.º.

Na Laser Redial, Fernanda Decnop não foi tão bem quanto a irmã e completou em 16.º, bem à frente deOdile Ginaid, apenas a 33.ª. Gabriella Kidd foi muito mal  e completou na 49.ª e penúltima colocação. Outra classe em que o Brasil precisa melhorar é a 49er, em que Marco Grael/Gabriel Borges, que ficou fora da seleção, terminou em 15.º. Bancados pela CBVela, Dante Bianchi e Thomas Low-Beer ficaram em 24.º. O Brasil ainda teve Felipe Zaeyen/Breno Abdulklech em 31.º.