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Sede dos Jogos de 2020 influirá na escolha entre beisebol, squash e luta

Por Demetrio Vecchioli
Atualização:

O Comitê Executivo do COI se reuniu na semana passada em São Petersburgo (Rússia) para seu encontro anual e começou a tomar a decisão de qual será a nova modalidade a ingressar no programa dos Jogos de Verão, a partir da edição de 2020.

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Eram sete modalidades concorrentes e três foram selecionadas para ser levadas à votação na Assembleia Geral do COI, marcada para setembro, em Buenos Aires. As escolhidas foram o beisebol/softbol, o squash e a luta, que havia sido retirada do programa de 2020 em fevereiro passado.

Na Argentina, também será escolhida cidade sede dos Jogos de 2020. E acho, particularmente, que esta votação terá influência direta na da nova modalidade olímpica, até porque ocorrerá antes.

Uma das lutas constantes do COI é atrair público e visibilidade para os Jogos. E a entrada de uma modalidade popular no país sede da Olimpíada de 2020 ajudaria bastante no sucesso desta. São três cidades concorrentes: Tóquio, Madri e Istambul.

Se Tóquio vencer, crescem as chances de a modalidade escolhida ser o beisebol/softbol. A barra é porque são mesmo duas modalidades numa só. Ambas foram olímpicas até os Jogos de Pequim, quando o COI decidiu excluí-las, uma vez que elas impossibilitavam a disputa nos dois naipes (não tem beisebol feminino, nem softbol masculino). Depois de alguns anos, as duas Federações Internacionais se uniram, criaram uma só e entraram com o pleito em conjunto no COI para retornar ao programa.

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Em caso de triunfo de Istambul, a luta passa a ser favorita. A modalidade é bastante popular por lá e em países vizinhos. Seria a volta por cima de um esporte que foi excluído dos Jogos de 2020 em fevereiro e se reorganizou. Mudou de presidente, propôs diminuir medalhas para os homens e aumentar o número delas nas disputas femininas, entre outras ações. Ao mostrar serviço, parece ter ganhado a confiança do COI.

Se a azarã Madri for a escolhida, acho que a cidade não influirá na votação da nova modalidade. Assim, diminuem também as chances de o squash entrar no programa. O esporte, visivelmente em crescimento, tem um Circuito Mundial sério e faz parte dos Jogos Pan-Americanos, Asiáticos e da Commonwealth. Hoje, é dominado pelos egípcios, que têm seis entre os 12 melhores do mundo. A Inglaterra e outros países por ela colonizados aparecem como outras forças.

Hoje os Jogos Olímpicos de Verão têm 25 modalidades fixas no seu programa - golfe e rugby sevens serão testados em 2016 e 2020 e não entram na conta. Alguma delas são desmembradas, como o vôlei (que tem praia e quadra).

Por isso é possível a entrada, por exemplo, do basquete 3x3 no programa dos Jogos do Rio. Também em Buenos Aires, o COI vai decidir como será a divisão das medalhas na próxima Olimpíada. É impossível colocar uma nova modalidade no programa, mas nada impede que o basquete ganhe mais duas disputas. O mesmo vale, com chance muito menor, para o futsal dentro do futebol. O caiaque feminino é nome quase certo.

A decisão tomada na semana passada pelo COI adiou o sonho de cinco modalidades estarem nos Jogos de 2020: patinação (que seria a primeira modalidade presente tanto no Verão quanto no Inverno), karatê (ainda tem muitos problemas de unificação de regras), wushu (por aqui conhecido como kung fu, parece estar só começando a se entender como esporte competitivo), escalada (muito mais cara da X-Games do que de Jogos Olímpicos) e wakeboard (que chegou a entrar no programa dos Jogos do Rio, dentro da vela, mas foi retirado).

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PS: Tive merecidas férias durante o mês de maio. Por isso o blog ficou desatualizado. 

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