E como se trata de uma torcida organizada não poderiam faltar uniforme (cinquenta camisetas com a imagem de Victor foram confeccionadas), bateria animada, faixas e, claro, grito de guerra. No ritmo de Brasília Amarela, dos Mamonas Assassinas, eles cantam: "Estou sempre contigo, com a faixa na mão. Não importa onde lute, sempre estarei contigo. La, la, la, la, la (bis 2x), vai pra cima, Victor".
O torcedor carioca logo vai identificar que esse é também o ritmo que empurra a torcida do Flamengo. "Mas o Victor é Botafogo", avisam os amigos, que eram seus colegas de treino na equipe da Universidade Gama Filho e migraram com ele para o Instituto Reação quando o antigo time foi desfeito.
"O Flávio Canto convidou o Victor para ir para o Reação, mas ele só aceitou se o pessoal que treinava com ele fosse também", conta o pai de Victor, Jorge Penalber. À tarde, dois ônibus, um da Rocinha outro da Cidade de Deus, virão ao Maracanãzinho com cerca de 100 crianças e adolescentes do Reação. Na quarta, esses mesmos jovens deram sorte a Rafaela Silva, outra aluna de Flávio Canto, que se tornou a primeira mulher medalhista de ouro do Brasil na história do Mundial de Judô.