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Pagando o Pato

O melhor momento do São Paulo em 2014 foi com Pato em campo. O camisa 11 formou o decantado 'quarteto mágico' ao lado de Alan Kardec, Kaká e Paulo Henrique Ganso e vinha marcando gols e jogando bem até se machucar contra o Huachipato para nunca mais voltar.

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Por Fernando Faro
Atualização:

Pelas movimentações de início de temporada, o cenário que se desenha para o atacante continua nebuloso: poucas oportunidades (e mesmo quando ele entra e vai bem, parece não comover a comissão técnica) e a chance de ficar ainda mais longe na briga por uma posição caso o São Paulo abandone o esquema com dois atacantes e ressucite o 4-2-3-1 que fracassou em 2014.

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Pato não reclama da reserva, chega cedo para os treinos, tem ido bem neste princípio de temporada, mas parece longe de ser lembrado por Muricy. Até mesmo outros membros da comissão técnica acreditam que ele deveria ser mais testado. Taticamente, cumpre muito melhor a função de criar espaços para as jogadas de ataque, tem velocidade e vigor físico.

Sempre que questionado sobre o assunto, o treinador diz que o atacante precisa ser mais competitivo. Há de se reconhecer, no entanto, que deve ser difícil manter o astral em dia depois de fazer seu papel em campo e ser sacado para nunca mais voltar.

"Mas ele não marca", argumentam alguns. Este repórter se reserva ao direito de achar que a função principal do atacante é fazer gols. Mas essa nova (e estranha) mentalidade de que a primeira função do homem de frente é marcar lateral torna a compra de Dudu - três gols no último Brasileiro - por R$19 milhões um negócio mais compreensível.

Além disso, é função do treinador melhorar os defeitos e aprimorar as características dos comandados. Goste-se ou não de Muricy, ele não se enquadra no perfil que morre de amores pela parte "professoral" do negócio.

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Pato começa o ano da mesma forma que terminou. Embora não seja o craque que parecia nos tempos de Inter, ainda é acima da média e deveria ser testado com frequência. Se der certo, ótimo para todos; se não der, Muricy terá o argumento irrefutável de que deu chances.

Mas enquanto o deixa como última opção, precisará responder com frequência porque o vice-artilheiro do ano passado não tem mais oportunidades entre os titulares.

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