Deu tudo errado em 2014. Os mais otimistas podem falar: "Pelo menos não caiu". Sim, mas comemorar permanência na Série A não é algo do tamanho do Palmeiras. O centenário foi marcado por negociação frustradas, contratações pífias, ações de marketing para comemorar os 100 anos do clube que mais pareciam festinha de condomínio e a certeza de que o time não caiu por um grande acaso que só o futebol permite.
Do atual elenco, uns cinco ou seis jogadores têm realmente futebol para jogar em time grande. Os demais, seriam bons reforços em equipes medianas e alguns até nessas equipes teriam dificuldades para serem titulares. O Palmeiras se apequenou demais nos últimos anos e a culpa não é da arbitragem ou da imprensa, como muitos gostam de falar. O grande responsável por esse fiasco alviverde é o próprio Palmeiras.
Colocar tudo nas costas de Paulo Nobre é um exagero. O dirigente, sem dúvida, teve um primeiro mandato muito ruim, mas não podemos esquecer que ele pegou uma herança maldita de antigas gestões, principalmente sob o ponto de vista financeiro. A impressão é que as coisas melhoraram (ou estão "menos pior"), mas o presidente tem em seu segundo mandato a grande chance de mostrar que realmente é um bom dirigente e pensar grande, pensar como um presidente do maior campeão nacional e que tem uma das melhores arenas do País.