Vamos aos erros. O mais palpável foi apostar nos trintões que na temporada passada já davam sinais de fadiga. Emerson, Douglas, Danilo Fabio Santos e Alessandro, pilares do time de 2012, não teriam condições de sustentar a casa um ano depois.
Evidente que sentiriam o peso nas costas. Se foram bem no primeiro semestre, com as conquistas do Paulistão e da Recopa, não teriam pulmão para encarar o longo e desgastante segundo semestre no Brasileirão com adversários mais capacitados do que no Paulistão, técnica e fisicamente.
Por recomendação de Tite, eternamente grato a eles pela conquista do Mundial de Clubes, os "trintões" não poderiam perder espaço no clube. Enquanto contavam com a força e o futebol de alto quilate de Paulinho, esses veteranos sobreviveram. Foi só Paulinho sair para a casa cair.
Tite certamente deu OK para as contratações de Renato Augusto, Ibson, Pato e Maldonado. Os quatro têm históricos de lesões constantes e na somatória geral ficam mais fora de combate do que em campo. E quando emplacam uma sequência boa de jogos são lembrados para voos mais altos, como Pato convocado para seleção brasileira. E daí desfalcam o time. Veja o caso de Pato. E por tabela de Paolo Guerrero no Peru.
Não faz tempo, Mano Menezes apostou em veteranos (Iarley, Tcheco, Roberto Carlos, entre outros) em 2009 e seu plano virou ruína na Libertadores de 2010 ao ser eliminado pelo Flamengo no Pacaembu.
Sem a carga total dos trintões nos jogos e o vai e vem dos reforços, o Corinthians vira um time comum. Até porque, a grande sacada de Tite é a intensidade na marcação e bote no adversário. Isso exige um time inteiro do ponto de vista físico. Tite cobra essa gana dos veteranos e dos mais novos, como Romarinho que se mata para ajudar na marcação e atacar sem grandes feitos.
Outro problema que se escancara a cada dia é o fato de Tite empurrar a renovação do seu contrato o quanto pode. Ele só fica se o Corinthians conquistar uma vaga na Libertadores. Tradução: o Corinthians só vale para Tite se o time chegar à Libertadores em 2014. Essa desconfiança contamina o clube.
O interesse de Tite, por enquanto, está acima dos anseios do Corinthians. Daí a pífia campanha no Brasileirão para quem largou como favorito ao título e hoje se contenta em brigar por vaga no G-4. E olha lá.
PARA LEMBRAR
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