Nas tribunas do lendário Estádio Rasunda, José Maria Marin, presidente da CBF, dava sinais de descontentamento. Brigava com a gravata para não soltar palavrões. Sua Majestade, o Rei Pelé, sempre um apaziguador, também não gostava do que via. E para fechar a trindade, Marco Polo Del Nero, presidente da Federação Paulista, era outro impaciente. A seleção jogava abaixo do que poderia jogar.
Quando o amistoso se aproximava dos 10 minutos finais, Mano trocou Damião por Pato e fez Ramires jogar na sua real posição, um meia saindo de trás com liberdade para se movimentar e não um ponta-direita como passou a maior parte do tempo atuando. Coincidência ou não, a Seleção cresceu e Pato cravou dois gols e o Brasil venceu por 3 a 0. Para alívio de Mano e seus pares. Marin, Pelé e Marco Polo aplaudiram a vitória, também com certo alívio.
Agora Mano vai encarar a torcida brasileira em dois amistosos no Brasil, em setembro, contra as fracas África do Sul e China. Os adversários não contam. O que vai valer é a definição do time titular e a postura de Mano. Até aqui ele tem se mostrado um perdido e sem saber que rumo tomar. E ainda cercado de auxiliares de currículos inexpressivos no futebol, como seu braço direito Sidney Lobo.
Resta saber se na volta para casa, depois da aventura olímpica em Londres, José Maria Marin vai manter sua palavra que a derrota em Londres é página virada e que Mano vai até 2014. Marin é um dirigente passional e obedece ao seu coração, não liga para a razão.