Luiz Prosperi
17 de outubro de 2013 | 00h30
O futebol mesquinho idealizado por Tite não tem dado mais resultado. O time, por orientação do seu treinador, joga por uma bola, um mísero contra-ataque ou um erro para garantir a vitória. Pouco. Diria, medíocre. Diante do Grêmio nesta noite de quarta-feira, Tite repetiu essa fórmula e pagou com mais uma derrota.
A insistir com esse fraco repertório, Tite vai levar a barca corintiana ao naufrágio. Difícil acreditar que um clube, dono do maior orçamento do futebol brasileiro e apontado como revolucionário nas últimas temporadas, não tenha outra alternativa. Treinador que pensa pequeno, pequeno fica.
A então irreal zona de rebaixamento agora é logo ali. Não adianta mais jogar por um empate. Nem lamentar a ausência de Alexandre Pato e Guerrero – com os dois o time também não deslanchava. Nem balançava a rede. A situação é crítica, tão crítica que até o ex-presidente Andrés Sanchez deu o tom: “Estamos brincando com fogo.”
O alerta de Andrés pode ser em vão. Tite havia perdido a mão com o time ainda no início do segundo turno do Brasileirão. A goleada sofrida para a Portuguesa foi o ápice da crise. Ali os dirigentes se acovardaram imaginando que seria possível uma reviravolta com o treinador no comando.
Esperaram uma reação emblemática nas rodadas seguintes e se iludiram. Agora é tarde. A meta é fugir da zona da degola, como o diabo foge da cruz, e começar tudo de novo em 2014.
PARA LEMBRAR
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