Esquerdinha, dono da proeza ao evitar o gol do Tupi, é mais um espertalhão a contaminar o jogo da bola. Sua atitude é a mesma de cartolas que, em nome dos clubes, federações e confederações, usam o futebol para se promover, quando muito não encher os bolsos.
Num passado não muito distante, o goleiro Rojas forjou um corte no rosto em uma partida que valia classificação à Copa do Mundo de 1990. Rojas era goleiro da seleção chilena e caiu no gramado do Maracanã após perceber que um foguete (fogo de artifício) havia sido disparado das arquibancadas para o campo. Com uma lâmina escondida nas luvas, ele se cortou para simular um ferimento por causa do foguete. A Fifa descobriu a farsa e eliminou Rojas do futebol.
Mas como o futebol á mãe de todos, Rojas teve mais uma chance e foi trabalhar no São Paulo. No clube garantiu por longos anos o sustento da família.
A situação de Esquerdinha não é muito diferente. Ele interferiu no resultado do jogo. E saiu consagrado e odiado, dependendo do ponto de vista entre beneficiados e prejudicados. Esquerdinha empobreceu o futebol. Fez desse esporte, com aquele simples gesto de evitar a ruína de seu time, uma usina de exemplos de que o futebol não pode ser levado a sério.
A CBF poderia entrar nessa história e banir Esquerdinha do futebol, assim como a Fifa fez com Rojas e, infelizmente, amoleceu depois.
Não há perdão aos que pensam que o futebol não é sério. Lugar de ilusionistas é no circo.
PARA LEMBRAR
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