Contra Bósnia e Irã, jogos muito mais encrencados que a Argentina esperava, o genial baixinho do Barcelona resolveu os dois. Fez um gol em cada partida. Gols com a sua grife de craque que colocaram um ponto final na agonia argentina, dentro e fora do Maracanã e depois Mineirão.
Agora, vamos virar a página. Vocês viram o Neymar? Este sim é o faz tudo da seleção brasileira. Escanteios, da direita e da esquerda, é ele quem bate. Faltas próximas da área ou na intermediária, todas têm de passar por Neymar. Pênaltis? Primeiro bate ele, depois os outros. As exigências e as tarefas de Neymar beiram ao absurdo.
Faltas, escanteios, pênaltis e não para aí. O craque, ninguém nega, ainda carrega o fardo de ser o diferente, aquele que a seleção e 200 milhões de torcedores apostam para resolver o jogo. Contra a Croácia, Neymar apareceu na hora certa. Diante do México, sofreu mais do que se divertiu.
Neymar está sobrecarregado. Antes de a seleção entrar em campo, ali na saída do túnel, vai um a um de seus companheiros cumprimentá-los como um ritual. Transmite um sentimento de força a todos e depois entra em campo com a obrigação de levar o Brasil à vitória.
Enquanto Messi joga leve, apenas preocupado em fazer valer a obrigação dos protagonistas, Neymar se esforça para transformar a tonelada às suas costas e um travesseiro de pena de ganso. Vamos ver até onde ele vai. Nesta segunda-feira, no Mané Garrincha, os olhos do mundo vão mirar Neymar.