Luiz Prosperi
30 de abril de 2011 | 18h29
Muricy Ramalho executou Paulo Cesar Carpegiani. Com uma alteração no intervalo do clássico, na tarde deste sábado, o treinador do Santos destruiu o esquema do São Paulo e levou seu time à final do Campeonato Paulista.
Nem foi uma tacada genial de Muricy, apenas uma mexida de quem é do ramo. Ao trocar o inútil atacante Zé Eduardo pelo zagueiro Bruno Aguiar, o técnico santista resolveu o jogo a seu favor. A defesa passou a ter três beques, o meio-campo se fortaleceu com Elano atuando mais de meia do que de volante. E ainda avançou Paulo Henrique Ganso para combinar as jogadas com Neymar.
Convenhamos, um time com Elano, Ganso e Neymar mais soltos é um aviso ao adversário: vem chumbo grosso aí. Alertado que um Tsunami se aproximava, Carpegiani não se moveu. Quando acordou, já havia levado dois gols. A viola, em cacos, estava no saco.
Muricy foi inteligente, mas tinha gente de qualidade no seu time. Carpegiani levou o xeque-mate. A seu favor, como desculpa, a falta de qualidade do seu meio-campo. Jean, Carlinhos Paraíba, Casemiro e Ilsinho, se vestissem a camisa do São Caetano, não seria um absurdo. Mas com a camisa do São Paulo a história é outra.
O Santos está na final do Paulistão porque agora tem um técnico de verdade e um time de ótimas peças. O São Paulo não é esse colosso que se imagina.
DE PRIMEIRA
“Mereço ser o melhor técnico do mundo”
Por José Mourinho, antes da eleição dos melhores da Fifa, em 22 de novembro de 2010.
Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.