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Futebol: bastidores e opinião

O caso Petros e a sede de Carlos Miguel Aidar

Antes de ser picado novamente pelo prazer do poder, Carlos Miguel Aidar estava afastado do futebol. Aos domingos, preferia passear de iate com a família a frequentar os jogos no Morumbi

Por Luiz Prosperi
Atualização:

Difícil entender o que se passa no poder do futebol brasileiro. Veja o caso do Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) na punição a Petros, meia do Corinthians. No primeiro julgamento, pegou uma pena de 180 dias de suspensão por agressão ao árbitro Raphael Claus no clássico contra o Santos. No segundo julgamento, a punição caiu para três jogos e mais multa.

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Deu para entender? Como o STJD, um segundo poder do futebol brasileiro, impõe a Petros um gancho de 180 dias e depois volta atrás? Ou os auditores não se entendem ou ninguém deve ser punido com penas longas. Cheira a um desrespeito às regras do jogo e ao torcedor que paga ingresso.

Outra história de que o poder move montanhas se deu no São Paulo. Carlos Miguel Aidar, conduzido à presidência do clube pelas mãos de Juvenal Juvêncio, se rebelou contra seu antecessor. Em discussão, o dinheiro. Aidar bateu em Juvenal sem dó. Destruiu o castelo do ex-presidente com palavras ao vento. E promete uma devassa nas entranhas do Morumbi.

Antes dessa desavença, Aidar foi o artífice da extensão do mandato de Juvenal, burlando as leis internas do São Paulo. Aliás, Aidar defendia Juvenal com unhas e dentes. E agora tem ao ex-presidente o desprezo.

Aidar comprou briga com Paulo Nobre, presidente do Palmeiras, na polêmica contratação de Alan Kardec. Gasta cerca de R$ 10 milhões/mês para bancar o futebol do São Paulo. E quer mais. Quer se tornar o cartola mais influente do futebol brasileiro e por isso não tem limites para dar a Muricy Ramalho as melhores opções do mercado na montagem do time para ser campeão de tudo.

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Antes de ser picado novamente pelo prazer do poder, Carlos Miguel Aidar estava afastado do futebol. Aos domingos, preferia passear de iate com a família a frequentar os jogos no Morumbi. Não queria saber do jogo da bola, muitos menos da política do clube. As tardes de domingo ao sabor das àguas eram sagradas,

O futebol tem mistérios difíceis de se explicar.

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