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Futebol: bastidores e opinião

O futebol tem um novo Deus: Lionel Messi

Argentino pulveriza o Baryern de Pep Guardiola e se torna um imortal no mundo da bola

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Por Luiz Prosperi
Atualização:

Lionel Messi não existe. É uma criação de algum gênio amante do futebol. Impossível um ser humano normal fazer com a bola o que Messi faz. É sobrenatural. Daqueles de assombrar os céticos, domar os rebeldes. É um encantador de serpentes. Uma comunhão dos talentosos com a humildade dos coadjuvantes. Um cínico diante dos seus implacáveis marcadores.

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Quem não concorda com essas teses, por favor recorra ao vídeo do segundo gol que ele marcou no Bayern de Munique, nesta quarta-feira. De uma só vez, o argentino baixinho deitou Boateng, literalmente caído com a boca na grama, e desconjuntou o intransponível Neuer. Gol de antologia, a divertir os apaixonados por futebol décadas e décadas. Gol da galeria dos imortais.

Pena que essa obra-prima tenha sido erguida diante de outro catedrático do mundo da bola, Pep Guardiola. Aliás Guardiola é um dos mentores de Messi. Ele sabia muito bem que seu Bayern desceria ao inferno diante de Messi. Não por acaso, fechou os olhos e franziu a testa quando o gênio, após destruir o Bayern com dois gols, ainda serviu Neymar para marcar o terceiro na contundente vitória do Barça por 3 a 0 no jogo de ida das semifinais da Liga dos Campeões.

Guardiola, nos seus tempos de chefe do Barcelona, havia transformado Messi em uma fábrica de gols. Ontem, ele teve o desprazer de enfrentar a sua criatura. Sina de quem habita a galáxia do futebol. Uma hora dessas, teria de encontrar a estrela maior da constelação. E olha que Guardiola se dava por satisfeito por seu time ter controlado o gênio até os 30 minutos do segundo tempo. Sair do Camp Nou sem levar um gol do trio MSN (Messi-Suárez-Neymar) era uma dádiva.

Pobre Guardiola. Aos 32, Messi apareceu marcando o primeiro gol, com expressiva colaboração de Daniel Alves. Depois, engatou o segundo gol, aquele dos gênios importais. E fechou a conta com o passe para Neymar.

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É bem provável que Guardiola não terá uma noite tranquila de sono. Vai acordar a cada minuto com um pesadelo... "Messi, Messi... Cadê?"

Desde a pré-história do futebol se diz que alguns deuses habitam os estádios ou passam por eles aos domingos e quartas-feiras. Pois bem, nesta quarta, dia 6 de maio, Deus esteve de corpo e alma no Camp Nou. Deus, mas pode chamar de Lionel Messi.

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