O técnico se enrolou em jogos decisivos. Contra o "poderoso" Arsenal de Sarandí, no Pacaembu, estava tudo bem até sofrer um gol de pênalti no comecinho do segundo tempo, por volta dos 7 minutos. Foi só tomar o gol, para mexer no time como se tudo estivesse errado. E mandou a campo Ganso e Cañete. Revirou o esquema para beliscar o empate.
De novo contra o Arsenal, agora em Sarandí, escalou o time com três zagueiros, depois de apenas dois ensaios no CT da Barra Funda, para jogar na Argentina. Tomou um sufoco e correu para trocar o zagueiro Lúcio por Ganso. Revirou de novo o time sem efeito prático. Lúcio saiu enfurecido.
Antes, no clássico contra o Palmeiras, teve de reinventar o time quando perdeu Lúcio expulso no começo do segundo tempo. Antes mesmo da expulsão do zagueiro, já havia encomendado a troca de Ganso por Jadson. Ganso saiu cuspindo fogo.
Depois do clássico, Ney se deu nota 10.
Outro problema: em nenhum momento pediu uma punição severa a Luis Fabiano que sempre fica fora de jogos importantes por ter sido expulso na rodada anterior. Parece que Ney Franco tem medo de enquadrar Luis Fabiano.
Assim, sem o grupo na mão e refém de um esquema tático que só funcionou quando Lucas dava as cartas, o treinador coloca em risco o futuro do São Paulo na Libertadores. Ele caminha a passos largos para a degola. É questão de tempo. Um técnico não pode abrir mão de suas convicções ao sabor do vento.