Luiz Prosperi
04 de outubro de 2015 | 21h33
Chapecoense golear o Palmeiras não é normal. Assim como vexames retumbantes com as chacoalhadas que o time já sofreu para Vitória (7 a 2), Goiás (6 a 0), Mirassol (6 a 2) e outros perdidos na memória. Antes de passar a limpo a derrota deste domingo em Santa Catarina, é preciso uma explicação do comando do futebol sobre o departamento físico e de fisiologia do Palmeiras. Algo de estranho acontece nesses organismos.
Veja os casos de Arouca, Robinho e Zé Roberto. Três dos principais jogadores do esquema de Marcelo Oliveira não emplacam mais que três jogos seguidos. Robinho e Zé Roberto nem foram a Chapecó e Arouca saiu ainda no primeiro tempo da partida.
Esses três jogadores se machucam acima da média, sempre com lesões musculares e, quando voltam a jogar, sempre atuam no sacrifício. Parece que nunca entram em forma. Uma vez Valdivia fez duas críticas aos fisiologistas do Palmeiras. O chileno sabia do que estava falando, afinal de contas era um contumaz frequentador dos departamentos de recuperação física do clube.
Outro exemplo do buraco negro da fisiologia do Palmeiras: Cleiton Xavier. O meia demorou quase três meses para entrar em forma e estrear no time. Quando passou a jogar com alguma regularidade, duas a três partidas, sofreu uma lesão há quase dois meses e até hoje não se tem notícia de quando Cleiton vai voltar a atuar.
As baixas constantes de jogadores importantes, que vão e voltam da enfermaria, complicam o trabalho do técnico Marcelo Oliveira, mas não servem como desculpa pelos repetidos erros que comete na armação do time.
Ele ainda não sabe como solidificar o sistema defensivo. Faz apostas erradas na zaga e nos volantes. Não entende que um time precisa de meias para funcionar. Não adianta dividir o time em dois segmentos.
Também não adianta ficar esperando que a força do ataque vai resolver todos os seus problemas. E toda vez que escala Egídio, tira o lateral no intervalo. Repetir erros é questão de falta de inteligência.
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