E a primeira delas é definir a situação de Kleina. Nobre parece disposto a renovar o contrato com o técnico, querido pelos jogadores. Pode ser um passo em falso do presidente. Nem sempre a solidariedade dos jogadores é sinônimo de união interna.
Atletas gostam de comandantes de pulso fraco que, parece, é o caso de Kleina. Essa química nem sempre dá bons frutos. E o Palmeiras não pode correr mais riscos.
Se definir logo a situação da comissão técnica, Nobre vai ter tempo para pensar no elenco. E aí, mais uma vez, tem de ser cirúrgico para não errar. O argumento de que não tem receita não pesa aos torcedores. É preciso criatividade e bons parceiros para formar um time forte. Essa é a missão de Nobre.
As carências já foram apontadas: laterais e atacantes. Na Itália, o agente do lateral-direito Joanathan, ex-Cruzeiro e Santos e hoje na Inter de Milão, disse que recebeu uma consulta do Palmeiras. Em Goiânia, o jovem atacante Sasha, do Goiás, também teria sido sondado pelos assessores de Paulo Nobre.
O Palmeiras precisa mais. No início dos anos 90, José Carlos Brunoro contratou duas boas promessas do futebol brasileiro: Edmundo, 20 anos, do Vasco, e Edílson, 21, do Guarani. Os dois brilharam no Palmeiras e foram patenteados de craques.
Hoje é difícil encontrar jogadores novos e promissores como Edmundo e Edílson, mas não pode servir como desculpa. Se não for ousado, o atual comando do Palmeiras pode comer poeira em 2014. A torcida não vai suportar mais um ano sem nada nas mãos como foi 2013.