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Futebol: bastidores e opinião

Pressão dos patrocinadores da Fifa pode respingar na CBF

Empresas querem a renúncia de Blatter na Fifa, parceiros da Confederação Brasileira de Futebol continuam em silêncio

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Por Luiz Prosperi
Atualização:

Patrocinadores da Fifa pedem a cabeça do presidente Joseph Blatter, incomodados com o volume da lama na entidade. Coca-Cola, McDonald's, Visa e InBev exigem a renúncia imediata do cartola. Essas empresas bancam por décadas boa parte dos gastos da Fifa e, ironia ou não, querem ficar longe da sujeira. Blatter diz que não sai, não larga o osso até 26 fevereiro, data prevista para sua retirada de cena.

Era de se esperar a reação dos patrocinadores. Aliás, desde 27 de maio, quando sete cartolas foram enjaulados - entre eles, José Maria Marin -, uma hora dessas os donos do dinheiro entrariam em ação. Demoraram quase quatro meses para tomar uma decisão. E a repercussão tem sido imensa. Não vai ser fácil Blatter se sustentar no trono.

 Foto: Estadão

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Entre as empresas que cobram a saída de Blatter está a InBev, que no Brasil é conhecida por Ambev. Coincidência ou não, a Ambev patrocina também a CBF há um bom tempo. Seus acordos comerciais com confederação brasileira vem de longa data. Ela fez parte do pool de empresas que bancou a reforma da Grana Comary para receber a seleção nos treinamentos da Copa do Mundo de 2014.

Quem assinou os acordos para a reforma da Granja com os patrocinadores foi José Maria Marin, então presidente da CBF, tendo a seu lado o vice na época, Marco Polo Del Nero. Marin está preso na Suíça. Del Nero, agora presidente da CBF, continua encastelado na sede da entidade e de lá não sai nem com reza brava.

Corporações que investem na confederação brasileira em nenhum momento se manifestaram desconfortáveis com a prisão de Marin e muito menos com a situação de Del Nero. Continuam dando suporte à entidade, investindo no futebol brasileiro e até patrocinando o Brasileirão 2015.

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Resta saber até quando continuarão aliadas da CBF. Coca-Cola, McDonald's, Visa e InBev divulgaram comunicados oficiais nesta sexta-feira com textos quase idênticos. O que sugere uma ação em conjunto dessas empresas.

A Fifa estremeceu com esse movimento dos patrocinadores. Por enquanto, os pilares da CBF estão de pé. Até quando?

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