Jogadores do São Paulo não aprovariam uma eventual troca de Doriva por um outro treinador, seja lá qual nome for. O treinador conquistou a confiança dos atletas ao decretar o fim do rodízio imposto por Juan Carlos Osorio. Entenderam que Doriva não fez essa mudança por retaliação ou desaprovação aos métodos do colombiano e sim por conceito de trabalho. E até por isso deram total respaldo a Doriva.
O gesto mais simbólico desse expressivo apoio a Doriva por parte dos jogadores partiu de Rogério Ceni. Após a vitória diante do Coritiba no domingo, quando todos os jogadores e comissão técnica já estavam dentro do ônibus que levaria a delegação do estádio para o hotel, Ceni se dirigiu até Doriva e lhe deu de presente a camisa que usou no jogo.
A atitude do goleiro e líder do grupo teria sido combinada pelos jogadores para mostrar ao treinador que eles estão do seu lado. No ônibus também estavam alguns dirigentes do clube e eles, parece, entenderam o recado.
Paulo Henrique Ganso e Alan Kardec, de muito peso dentro do grupo de atletas, também estão se sentido mais seguros com Doriva, que, na opinião dos boleiros, não é de inventar nem de ousadias arriscadas como na gestão de Osorio. Aliás, a maioria dos jogadores andava desconfiada dos métodos do técnico colombiano.
"Muitos deles não reclamavam diretamente com o Osorio, mas procuravam pessoas do futebol no CT para se manifestar seu descontentamento com o Osorio. Por isso eu mandei aquela mensagem (por celular) ao Osorio para acabar com o rodízio", disse Aidar em entrevista ao Estado.
Osorio foi embora e Doriva chegou pelas mãos de Doriva. O novo treinador não tem respaldo de Ataíde Gil Guerreiro, que retomou as rédeas do futebol do São Paulo com Leco na presidência. Desde que Doriva assumiu o time, Ataíde ainda não deu uma declaração pública de apoio ao treinador.