A negociação também deixa claro que os clubes hoje, mesmo com bom aporte financeiro como o São Paulo de cofres cheios com a venda de Lucas, não têm condições de bancar sozinhos a contratação de um grane craque. Para ter Ganso, o Tricolor teve generosa colaboração do Grupo DIS, um investidor de alta monta no futebol brasileiro.
Aliás a negociação quebra um paradigma de que o São Paulo não precisa de parceiros para reforçar o time. Por décadas a fio o clube se valeu da parceria com Juan Figer, um dos empresários mais fortes do Brasil, para montar seus esquadrões.
Do outro lado da negociação, o Santos saiu perdendo. O presidente Luis Alvaro não conseguiu segurar o melhor camisa 10 que apareceu no Brasil nos últimos dez anos. E se viu na obrigação de arrancar do jogador uma confissão de culpa pela saída da Vila Belmiro. Luis Alvaro nunca soube lidar com o caso Ganso e agora tem de arrumar desculpas pela transferência do craque ao rival São Paulo.
Do lado tático, Ney Franco vai ter um maestro. Ganso é um extraordinário jogador, um meia como poucos. Joga muito. Articula, cria e faz gols improváveis. É craque. Não é uma incerteza e sim uma certeza. O São Paulo fica mais forte que a concorrência.