É verdade que as mazelas do futebol brasileiro estão expostas desde o fatídico 7 a 1. Era mesmo necessário expor as vísceras de um intestino podre. Mas também não precisava exagerar. Há muito não se via tamanha desfaçatez em cima de um jogo, como este emaranhado de erros na decisão de fazer o clássico com torcida única. Tentaram decidir em uma noite o que se debate há décadas. Deu no que deu.
O jogo terá duas torcidas, como manda saudável convivência no estádio de futebol. Cabe aos responsáveis pela organização do futebol paulista - entra nesse balaio a Federação, PM e dirigentes de clubes - a tarefa de tratar o evento como ele merece.
Se o problema é a violência e se a violência vem das facções organizadas, o primeiro passo é não dar trégua aos marginais. Eles não podem determinar quem deve ir aos estádios. Eles não têm direito a ocupar o território como se fosse deles. O futebol não pode ter capitanias hereditárias.
E vamos deixar o show para os jogadores. Quem gosta, bate palma. Quem não gosta, a vaia é livre. Arquibancadas não foram feitas para os gladiadores.