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Gilberto Carvalho diz que documento final ainda pode ser alterado

Tânia Monteiro, enviada especial ao Rio

Por gabrielacupani
Atualização:

Rio - Na contramão dos demais integrantes do governo, o ministro-chefe da Secretaria Geral, Gilberto Carvalho, afirmou que o texto apresentado nesta terça-feira "não é o texto definitivo" e "muita água ainda vai rolar" com a chegada e a discussão entre os chefes de Estado. "Só quero lembrar que é uma tradição que os chefes de Estado não venham aqui só para assinar. Eles vêm para dar continuidade e retomar esta discussão. Então, é evidente que pode haver, como já citei o caso da conferência de Copenhague, que podem haver sim mudanças a partir do que foi apresentado. Este é um subsídio básico importantíssimo porque foi discutido por delegados, mas que segue com a sua discussão. O que vai acontecer nos próximos três dias aqui não é simplesmente um ritual de passagem dos dirigentes, mas sim um processo de debate", avisou.

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Em entrevista no Riocentro, ao falar sobre as discussões envolvendo os movimentos sociais, Gilberto Carvalho disse que não estava participando das negociações sobre o documento a ser apresentado aos chefes de Estado, mas lembrou que os chefes de Estado, quando chegam para a reunião, ainda podem discutir o que foi apreciado pelas delegações e propor modificações. "Por isso, achamos que muita coisa ainda vai acontecer porque há uma dinâmica importante na qual nós apostamos aqui no Riocentro a partir de amanhã cedo", afirmou ele reiterando que o texto apresentado é um "texto base" e haverá muita discussão dele. "E penso que as críticas são até importantes para contribuir com este debate", emendou.

O ministro não quis apontar o que poderia ser ainda alterado no texto ou quis falar sobre retrocessos. Ele reconheceu que foi "um grande alívio" se ter chegado a um texto final. Mas ressaltou que, a partir daí, pode-se seguir trabalhando para avançar ainda mais.

Gilberto Carvalho destacou a importância dos movimentos sociais para contribuir na discussão do documento final, embora reconheça que as suas críticas e sugestões poderão não ser integrado ao texto. "Esperamos que o documento seja o melhor possível, o mais avançado e que arranque o maior numero de compromissos buscando as prioridades", completou o ministro.

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