Casagrande voltou para a Globo, vive sua batalha dia após dia e sabe que conta com uma porção de amigos para auxiliá-lo. Não sou amigo de Casagrande a não ser pelo respeito que temos um pelo outro quando nos encontramos nos estádios de futebol. Homem educado e na dele.
Felizmente também os noticiários informaram que Sócrates deixou a UTI do hospital neste fim de semana e passa bem. Seu problema, como ele mesmo admitiu ao Fantástico, da Globo, é com a bebida. Começa vida nova e devo dizer que acredito nele. Sócrates foi muito mais ídolo que Casagrande, sobretudo na Seleção. Aquela Copa de 1982 na Espanha era para ser sua e, claro, de seus companheiros. Mesmo sem ganhá-la, todos entraram para a história.
Há quem diga o contrário, que mais vale ganhar um caneco do que mostrar o futebol que aquele time de 82 mostrou. É uma opinião. Prefiro ficar com a minha. O fato é que o doutor também recomeça vida mais regrada para continuar com a gente por mais tempo.
Mesma sorte desejo a Ricardo Gomes, homem sério e íntegro como os outros dois citados. Lembro-me de uma vez em que estava na França, sozinho, por causa do sorteio dos grupos da Copa do Mundo de 1998. O sorteio foi em Marselha, sul do país. Depois do evento, permaneci na França por mais uma semana. Fui a Paris entrevistar Raí, que ainda jogava no Paris Saint-Germain, o PSG, e Ricardo Gomes, que era técnico do time.
Vi o carinho que os garotos franceses tinham por Ricardo Gomes. Como ele saiu primeiro do treino, falamos e ele me ofereceu carona para Paris. O clube treinava numa cidade grudada em Paris. Foi gentil com um compatriota que tinha visto poucas vezes na vida. Como tinha de esperar Raí, recusei. Ele agradeceu a minha presença e me desejou sorte.
É o que faço agora, da mesma forma: desejo-lhe sorte em sua batalha pela vida. Seu AVC foi grave. Ele continua internado e sabe-se lá como sairá dessa. Queira Deus que saia e volte a fazer o que mais gosta.
http://www.youtube.com/watch?v=zZxvYy5-ekI