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Futebol, seus bastidores e outras histórias

Opinião|A corda do São Paulo arrebentou onde deveria, em Muricy. Mas...

Há ainda uma série de outros problemas no clube, como a resistência a Aidar entre os cardeais e jogadores que não estão jogando nada, como Ganso e Pato

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 Foto: Estadão

Muricy Ramalho sempre foi o elo mais fraco neste São Paulo de 2015. Daí sua demissão nesta segunda-feira, ou acerto para que o treinador deixasse o clube para cuidar de sua saúde. Tirar Muricy de cena era o único caminho do Tricolor nesse momento. O time não se acerta na temporada, com partidas ruins e resultados péssimos. Mas a troca de treinador não coloca fim aos problemas do Morumbi. Longe disso, diga-se.

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Há outras situações mal explicadas e ainda sem solução no São Paulo. Quem demite também não agrada. O presidente Carlos Miguel Aidar encara resistência nos corredores do clube. Não governa com facilidade, embora tenha a maioria dos cardeais ao seu lado. Não se sabe até quando. A informação é que 36 conselheiros não aprovaram suas contas semana passada. Esse é o tamanho da oposição declarada no Morumbi. Pode haver mais.

No vestiário, os problemas são muitos, e todo mundo sabe que Muricy não era o único responsável pelos fracassos do time. Há uma legião de jogadores que não está jogando nada, que vive de lampejos em campo, de uma bola bem jogada e mais nada. A lista inclui nomes como Ganso, Alexandre Pato, Luis Fabiano e até Rogério Ceni, além de outros de menor peso. Esses jogadores terão de responder imediatamente, já na próxima partida, que terá Milton Cruz no banco. Há duas semanas, um cardeal do São Paulo deixou escapar que Cuca seria o nome da vez, mesmo sem saber a condição contratual do treinador no futebol chinês.

O São Paulo tem duas missões neste primeiro semestre: se classificar na fase decisiva do Paulistão, diante do Red Bull, e conseguir a segunda vaga em seu grupo na Libertadores, entendendo que a primeira fique mesmo com o Corinthians. Nesse caso, o São Paulo briga com o San Lorenzo. A saída de Muricy era iminente e dará um ar novo ao time, mas nem de longe resolve tudo, a não ser que os jogadores estivessem de sacanagem com o treinador, mas prefiro não acreditar nisso.

Opinião por Robson Morelli

Editor geral de Esportes e comentarista da Rádio Eldorado

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