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Opinião|A escolha de um técnico deve ser feita com tranquilidade e inteligência

O São Paulo deve apostar em Milton Cruz até o fim do Paulistão e da fase de grupos da Libertadores

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Atualização:
 Foto: Estadão

O São Paulo não tem tempo para assinar com um novo treinador antes das finais do Paulistão e do fim da fase de grupos da Libertadores. Então, o melhor caminho diante desse cenário é manter Milton Cruz no cargo e assumir o risco de ser eliminado nas competições. A escolha de um técnico dever ser feita com tranquilidade e inteligência, analisando as opções e tendo tempo para negociar com os interessados. Não pode ser como pedir um pastel na feira.

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Contra o Danúbio e depois diante do Corinthians na Libertadores, os jogadores precisam jogar pelo clube, pelo interino e por Muricy, que saiu doente. E cá entre nós, o peso de um técnico num time não pode ser maior do que 20%. O São Paulo tem bons jogadores e cabe a Milton Cruz, que conhece todos melhor do que qualquer um, organizar a equipe de modo a fazê-la competitiva. O resto é jogo. Mesmo com um comandante interino, o São Paulo tem condições de se classificar na Libertadores e de enfrentar o Santos de igual para igual nas semifinais do Estadual.

Mesmo numa provável decisão contra o finalista de Corinthians e Palmeiras, entendo que o elenco do Morumbi estará suficientemente preparado para jogar duas partidas valendo taça. Da mesma forma, penso que o São Paulo tem totais condições de ficar com a segunda vaga de seu grupo, superando Danúbio e San Lorenzo. Até lá, a diretoria vai negociando com os técnicos interessados.

Se for um estrangeiro, é preciso conversar mais, apresentar o clube, sua filosofia e tradição, suas referências no Brasil. É preciso também ouvir o que o forasteiro tem a dizer e se ele se encaixa no que o presidente do São Paulo pensa e quer, assessorado por seus pares da diretoria. Não é uma decisão fácil. Entendo também que a sondagem de técnicos estrangeiros só ocorre porque os treinadores no Brasil ficaram para trás, não todos, mas alguns, e com isso perderam a chance de evoluir com o futebol. Entre um treinador brasileiro e um de fora, imagino que os jogadores brasileiros vão sempre preferir um daqui.

Opinião por Robson Morelli

Editor geral de Esportes e comentarista da Rádio Eldorado

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