Conforme informa o repórter Daniel Batista, Valdivia está livre para assinar um pré-contrato com qualquer outro clube porque vai dar seis meses do término de seu acordo e, conforme reza a Fifa, todo jogador pode procurar um novo time seis meses antes de ter seu vínculo encerrado. O fato de não ter ainda renovado com o meia chileno não significa que o Palmeiras abre mão de seu futebol, mas indica claramente que a postura em relação a ele no clube endureceu.
Valdivia não reina mais absoluto como em temporadas anteriores. E isso tem a ver com as contratações que o clube fez de 2014 para 2015. Há jogadores que ainda não estrearam sequer. Há um nível bem mais alto em relação à última temporada, quando o time correu risco de rebaixamento até o último minuto da última rodada do Campeonato Brasileiro. Valdivia tem espaço no meio de campo do Palmeiras e treinador nenhum gostaria de perder seu talento. Mas sua presença já não é mais imprescindível. Se o Palmeiras ficar sem Valdivia, poderá sobreviver, coisa que o torcedor não pensava na temporada passada.
Como a renovação deverá invadir os seis meses que precedem o término do seu contrato, Valdivia terá agora de se decidir se quer mesmo continuar no Palmeiras. O recado do clube está claro. A diretoria também exige que o Mago baixe seu salário e aceite ganhar por produtividade, uma intenção que sempre esteve na cabeça do presidente Paulo Nobre. Não sei se legalmente um trabalhador pode ter seus vencimentos reduzidos, mas como ainda há muito mistério na forma de pagar no futebol, talvez o Palmeiras tenha respaldo para essa diminuição.
No bom português, Valdivia é colocado contra a parede. Ou aceita as condições do Palmeiras ou ficará até terminar o seu contrato. Desta vez, o Palmeiras consegue equilibrar mais as condições diante de seu até então principal jogador.