A dor do capitão... Peço licença ao amigo leitor para escrever sobre a morte do filho mais velho do ex-jogador Cafu, pentacampeão do mundo em 2002 e também presente na delegação brasileira do tetra, mas não como titular. Danilo tinha 30 anos, portanto, homem formado. Estava na casa da família festejando o aniversário da irmã quando tudo aconteceu. Mal-estar súbito, socorro, ambulância e o enfarto chegando ao hospital em Alphaville, Barueri, São Paulo. Tudo muito rápido.
Um anjo no céu... O mundo do futebol se solidarizou com o capitão da seleção brasileira de 2002. Todos choraram juntos. "Perdi um anjo e o céu ganhou outro", escreveu Cafu, referindo-se ao filho. Pai nenhum no mundo deveria enterrar um filho.
Um cara bacana... Cafu ganhou abraços virtuais na redes sociais de diversos clubes do Brasil e do exterior e dos mais próximos que foram ao enterro do menino. Cafu merece ser abraçado. Quando jogava, e depois também, sempre foi um cara bacana, atencioso, respeitoso com todos. Em suas fotos, podem reparar, ele sempre está sorrindo. E sempre foi assim na carreira, quase uma afronta aos jogadores bicudos e mal-humorados que temos hoje nos grandes clubes.
Choramos juntos... Cafu merece o carinho de todos não porque nos deu uma das maiores alegrias, erguer a taça de campeão em 2002, mas porque ele sempre foi gente-boa. E ainda é. E o Brasil precisa de gente boa no futebol, gente que sorri, que discute sem perder o respeito pelos interlocutores, que ouve, que entende e se faz entender com palavras e gestos. Cafu sempre foi esse cara. Por isso choramos todos com ele. Por isso nos solidarizamos com sua dor e da família. Foi Cafu quem nos apresentou Regina, sua mulher, quando levantou a taça no Japão: 100% Jardim Irene. Eu estava lá. Não havia emoção maior naquele rosto e gesto. Cafu merece nosso respeito.