O Corinthians renasce no fim da temporada, muda de patamar, como disse o técnico Vagner Mancini, e pavimenta novos caminhos para 2021. Joga melhor, consegue virar resultados, faz gols e se mostra um pouco mais sólido em campo. Não é para festejar, mas já dá para ter esperanças em dias melhores. A Libertadores pode alcançar o time, num G-8. Ele próprio pode sonhar com o G-6. Mas não é esse o caso no momento. O Corinthians precisava encontrar uma saída para um futebol mais efetivo. A equipe ficou fora de tudo, de todas as brigas, a não ser no começo do ano no Paulistão. Mas isso não alimenta mais o time.
Mancini chegou, olhou para o elenco e fez um plano de voo. Deixou a equipe mais inteira, mais forte até mentalmente. Não sei se ganhar vaga na Libertadores seria uma boa. Traz dinheiro e prestígio, mas também cobrança e desilusão. Clubes e torcedores são fominhas no Brasil. Quanto mais torneios, mais chances de se dar bem em um deles. É legítimo. O grupo precisa de peças, levando-se em conta que ninguém saia.
O Corinthians forte, fortalece os campeonatos. Todos os méritos nesse caso é do treinador. A partir de ter suas ideias assimiladas, passam a ser dos jogadores. Vi o elenco entregue nesta temporada atípica por causa da covid-19 e da falta de torcedores nos estádios. O Corinthians é um time que precisa muito de sua torcida. Todos precisam, mas a equipe do Parque São Jorge tem uma sintonia legal em Itaquera. E isso desapareceu.
Há muitos jogadores que podem render mais. É preciso olhar para a base. Alguns já passaram do tempo. Há a questão financeira, um eterno problema dos clubes. Há as contas da Neo Química Arena. Tudo isso reflete no futebol. Mas há um presidente novo, Duílio Monteiro Alves, com ideias e projetos novos, combinação que muda a cara de um time. Arrisco dizer que o Corinthians vai terminar o Brasileirão em alta, não vai brigar pelo título, mas levará para 2021 novos ares, de mais confiança para seu torcedor.