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Opinião|Danilo nasceu para acabar com o São Paulo. Que sina!

Meia faz o único gol da vitória do Corinthians por 1 a 0 contra o São Paulo dentro do Morumbi

Foto do author Robson Morelli
Atualização:
 Foto: Estadão

Danilo desceu do ônibus do Corinthians já dentro do Morumbi com zero de preocupação com a partida diante do São Paulo, que aconteceria logo mais. Em suas rápidas palavras, ressaltou a importância do jogo e a dificuldade que seria encarar o adversário diante de sua gente, em sua casa, com a pressão de ter de vencer. Entrou no vestiário caminhando sem pressa, trocou de roupa, participou daquele abraço coletivo dos times antes das partidas grandes para fazer o que vendo sua sina desde que trocou o Morumbi pelo Itaquerão, muito antes de o Itaquerão ficar pronto, diga-se.

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Foi de Danilo o único gol do clássico na vitória corintiana por 1 a 0 neste domingo. Ele já sabia disso. Ou pelo menos já sabia que Danilo faria gol. Foi o nome de Danilo que os corintianos confinados num canto no estádio, daquela cota mínima só para dizer que havia torcedor rival no campo, gritaram, em eterna reverência desde que o meia trocou de camisa. Danilo nasceu para fazer gols no São Paulo. São seis gols em 19 jogos. Tudo bem que Elias tenha mais, sete, mas os gols de Danilo marcaram mais o torcedor corintiano, a mídia e até os próprios jogadores do time de Muricy.

Depois do passe pelo alto de Guerrero, Danilo acertou de primeira e fez Rogério Ceni buscar a bola no fundo das redes. Tudo bem que o jogo poderia ter outro resultado não fosse o pênalti mal cobrado pelo mesmo Ceni, com defesa de Cássio, antes de a bola bater na trave. Mas essa é a história de outro herói do clássico, o goleiro corintiano, e, se quiser dizer ainda, de um vilão, Ceni, responsabilizado por ele próprio pela derrota ao errar a cobrança.

Quando parar de jogar, Danilo será eternamente lembrado por suas façanhas contra seu ex-clube, é talvez por ter saído do Morumbi é que o tempero de seus gols contra o São Paulo tem melhor sabor. Danilo é o jogador dos gols importantes, diferentemente de muitos que balançam as redes em partidas que não valem nada. Danilo não. Ele faz quando precisa, e olha que neste domingo nem precisava, mas como sua sina é uma só, deixou sua marca aos 11 de jogo.

Opinião por Robson Morelli

Editor geral de Esportes e comentarista da Rádio Eldorado

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