Robson Morelli
12 de fevereiro de 2019 | 09h35
O meia Diego chorou em sua entrevista hoje de manhã no Ninho do Urubu ao comentar sobre a morte dos dez garotos da base do Flamengo na última sexta-feira. Anos atrás, vi Diego surgir no Santos, um garoto já maduro para sua idade, que sempre teve no rosto a alegria de jogar futebol, mas, acima de tudo, sabedor do que tinha de fazer para se tornar o que se tornou na carreira, igualzinho a todos os meninos que jogam nas bases de todos os clubes do País.
“Todos nós temos a alma dos meninos de base”, disse o camisa 10 do Flamengo, tocando num ponto que talvez explique por si só a comoção do brasileiro com o ocorrido. A maioria dos meninos sonha em ser jogador de futebol. Essa alma está, de fato, em todos nós, em algum momento de nossas vidas. Poucos conseguem. A maioria fica pelo caminho. Os dez meninos do Ninho do Urubu eram diferenciados, já tinham o sonho traçado, estavam prestes a assinar o primeiro contrato e bater na porta do profissional, como Diego fez um dia saindo de Ribeirão Preto.
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