Simplificando a história de 100 anos do Palmeiras, dividiria o período em cinco etapas:
1 - O começo e recomeço até 1942, quando o time mudou de nome, de Palestra Itália para Palmeiras, por causa da Segunda Grande Guerra;
2 -A fase da Academia, quando o time fazia frente ao Santos de Pelé e tinha jogadores eternamente lembrados por seu torcedor e pelos torcedores das outras equipes, que, embora rivais, sempre souberam reconhecer a qualidade adversária;
3 - Os 17 anos de fila, sem ganhar nada;
4 - A era Parmalat, gerida por José Carlos Brunoro, entre outros, em que o time saiu da fila, ganhou títulos e formou esquadrões de muito respeito.
5 - O período das incertezas, do pouco dinheiro e dos rebaixamentos, que desemboca na fase atual.
É claro que esses cinco capítulos apenas servem de referência para contar, muito brevemente, a história de 100 anos do clube, um dois mais importantes do futebol brasileiro, com conquistas internacionais e sempre candidato a erguer taças nas competições que disputa. O Palmeiras, claro, foi muito mais que isso. Mexeu e mexe com a paixão de milhares de torcedores espalhados pelo Brasil, com sua concentração em São Paulo. É um clube que tenta se reerguer mesmo a despeito da condição de suas equipes nos últimos anos. O Palmeiras, talvez mais do que alguns grandes do futebol nacional, sofre com a carência de bons jogadores e equipes mais competitivas, mas nem de longe essas últimas temporadas podem representar sua história, rica em conquista e emoção.
Portanto, os 100 anos completados nesta terça-feira, 26 de agosto de 2014, devem ser de alegria, de reconhecimento e de agradecimento a todos aqueles que ajudaram nessa longa vida a fazer do Palmeiras o gigante que ele é. Nessa história, o reconhecimenhto especial deve ficar com todos os jogadores, os bons, os ruins e os mais ou menos também, que vestiram sua camisa, e que de alguma forma tentaram honrar suas cores.
Os dirigentes que sempre foram honestos com o clube também merecem o reconhecimento do torcedor. É importante lembrar que não é fácil manter uma instituição por 100 anos. Muitas empresas, que lucram muito mais, não sobrevivem a esse tempo. Daí a importância dos homens do comando.
Sei que o momento não é para festejar seus cartolas, mas é inegável o esforço de todos eles que trataram e tratam o clube com carinho e honestidade, que pensam mais na associação do que em seus próprios bens pessoais, que só não fizeram mais por falta de condição financeira, os que sofrem quando algo não dá certo. É para esses que o palmeirense deve tirar o chapéu.
Que mais 100 anos venham, Palmeiras!