Quando Ganso estava na Baixada, cheguei a receber informações de que o jogador sofria muito assédio de pessoas ligadas ao Santos e à cidade, com pedidos de ajuda quase que o tempo todo. Ouvi também que o jogador se sentia pressionado por essa gente. E isso o atrapalhava.
O fato é que seu futebol desapareceu depois de assinar com o São Paulo, clube que sempre lhe deu condições de crescer. O problema, imagino, era com o próprio Ganso. Condição física, dores pelo corpo, contusões, cabeça sem foco. Após a Copa do Mundo, o meia do Morumbi retomou o caminho das grandes apresentações, a ponto de ele ter o nome defendido na primeira lista de Dunga em seu novo trabalho à frente da seleção.
Mais que jogar bem, Ganso demonstra confiança, fala grosso, acredita que pode ser 'o cara' novamente depois de muitos questionamentos em relação ao seu futuro. É preciso destacar a responsabilidade de Muricy Ramalho nesta nova fase do jogador. Sempre critiquei neste espaço o fato de bons técnicos não conseguirem recuperar bons jogadores. Se Ganso dá a volta por cima, não tenho dúvidas de que Muricy o tem ajudado de alguma forma.