Robson Morelli
08 de outubro de 2020 | 11h13
A derrota para o Botafogo por 2 a 1, o baixo rendimento individual e coletivo de alguns jogadores e o apelo do técnico Vanderlei Luxemburgo por reforços desperta um sentimento no torcedor: o de desconfiança de que esse time possa chegar a algum lugar. Olhando para o Palmeiras em campo, é difícil apontá-lo como favorito em alguma competição. O time não tem regularidade, portanto, não tem chance no Brasileirão. A equipe não tem pegada, portanto, não tem chance na Copa do Brasil nem na Libertadores.
Pelo menos não se mantiver suas atuais características. Jogadores importantes não reagem e Luxemburgo não tem carta na manga. Após a derrota para o Botafogo, ele pediu reforços em público. Em muitos casos esse é o argumento de quem não tem mais o que fazer com os ovos nas mãos. O grito é válido por alertar a turma do dinheiro. Mas o ano é de pandemia e o dinheiro é curto. Também não há muitos jogadores no mercado. Para contratar jogador a fim de compor elenco, não vale a pena. O Palmeiras não precisa disso.
Para que alguns cheguem outros precisam sair. Então, o clube vai ter de entregar atletas ao mercado. Tem muita gente não rendendo nada. Esse é o problema dos contratos longos. Guerra ainda está no Palmeiras. Não joga, mas ganha. Parabéns aos envolvidos. Há outros no chinelinho. E mais alguns sem qualidade.
Luxemburgo não consegue fazer o time jogar. Sofre. Já vi outros times sob seu comando bem mais ativos, regulares, intensos, como os treinadores gostam de falar hoje. É preciso ter equipes mais inteligentes também. E aqui posso dar o exemplo do River Plate. Pode até não ganhar a Libertadores, mas joga e sabe jogar. E não há craques no elenco. Há jogadores inteligentes e um treinador que sabe o que faz. Luxemburgo pode oferecer mais. Não consegue. Chegou ao seu limite. Tomara esteja errado.
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