É jogador que quer ser titular, é conselheiro que acha que o time precisa mudar, é a torcida pedindo explicações. Não é fácil. Por isso que os clubes, muitas vezes, abrem seus cofres para pagar altos salários pelos profissionais tarimbados. Concordar ou não com isso é outro assunto. O fato aqui é que Kleina não passa confiança a quem está de fora. E no Brasil, o treinador é sim julgado por isso também. No caso do técnico do Palmeiras, é inegável que ele conseguiu fazer o time jogar um pouco melhor do que era quando assumiu. Mas isso passa pela qualidade de alguns jogadores que se juntaram ao grupo, e que saíram pelo estaleiro, no caso de Valdivia.
Apostar também faz parte desse processo. E precisa. O que se comenta sobre Kleina é que, depois de um ano, ele poderia ter a equipe muito mais nas mãos, imp0ndo-se mais diante dos jogadores e da torcida. Confesso que olho para Kleina e não vejo isso nele. Não vejo um comandante de peso, não para o Palmeiras da Série B, mas para o Palmeiras que volta à divisão principal do futebol brasileiro em ano do seu centenário. Um cara mais experiência daria mais peso para a equipe. Ganhar ou perder faz parte do jogo, com qualquer um, embora defenda que os mais experientes têm mais condições de festejar porque sabem o caminho. Jogador respeita mais quando olha para o banco de reservas e vê um técnico de confiança e mais parrudo. Iss faz diferença.
Por isso, e pensando desta forma, a diretoria do Palmeiras vai reavaliar o trabalho de Kleina depois que o time garantir seu acesso.