Ambos trabalham com a intenção de trocar de técnico, o que me parece bastante legítimo após uma temporada. Todos nós sabemos que Kleina ainda não está pronto para o cargo, para o que será exigido dele no próximo ano. Certamente seu destino seria a demissão antes mesmo da Copa do Mundo, nas primeiras derrapadas do time no Paulistão. A cobrança seria imensa. É isso que a diretoria quer evitar, acertadamente: ter um comandante que poderá ser demitido com o tempo, antes do fim da temporada e do Centenário.
O Palmeiras tem nomes na mesa para analisar. Sabe que o que paga para Kleina (perto dos R$ 300 mil mensais) é suficiente para seduzir muitos treinadores mais bem preparados e maduros o suficiente. O torcedor imagina que vem aí um pacotão verde com boas novidades. Só o fato de a diretoria ter corrido atrás de Marcelo Bielsa demonstra que o pensamento é grande, mas que isso dá trabalho também. Duvido, por exemplo, que Brunoro está de folga em Caxias de Sul, como foi dito. Isso me parece mais balela para despistar seu trabalho. Lembro do Brunoro no tempo da Parmalat, quando apresentava um jogador a cada dia. Um dia chegou o Edmundo. No outro, o capetinha Edilson.
Talvez a diretoria do Palmeiras queira fazer a mesma coisa. Vai fechando os nomes para apresentar com mais impacto. Nobre sabe que seus jogadores, cujos contratos estão acabando em dezembro, estão se mexendo para trabalhar em 2014. É a lei do mercado para os dois lados. É claro que toda essa garimpagem que a diretoria faz para reforços o elenco passa primeiro pelo acerto de um treinador.
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