A Globo tenta salvar as manhãs de domingo com a exibição das corridas do lendário Ayrton Senna. Tem conseguido. Neste domingo, mostrou a prova em São Paulo em que o piloto ganhou pela primeira vez em sua casa, numa das corridas mais dramáticas e emblemáticas da sua curta carreira - Senna morreu em 1994, após acidente em Imola. Mais do que rever Ayrton na pista e andando na frente foi alentador ouvir o nome de outros brasileiros no grid, na narração de Galvão Bueno e nos comentários de Reginaldo Leme. Correram aquela prova de 1991, além de Senna, Nelson Piquet, Roberto Pupo Moreno e Maurício Gugelmin. Uma verdadeira legião. A chance de ver a bandeira do Brasil no pódio, portanto, era muito maior.
De lá para cá, o Brasil foi perdendo posições. Rubinho e Felipe Massa mantiveram o sonho de acordar de manhã e ver um piloto brasileiro cruzando a linha. Talvez até no pódio, como estiveram em algumas boas ocasiões. Hoje, a categoria não tem piloto do País, e pode ficar sem ter por mais algumas temporadas. Pior. O GP do Brasil de 2020 não está certo que aconteça dada a falta de datas pelas provas canceladas e adiadas devido ao coronavírus. O Brasil pode sobrar no calendário uma vez que não paga cota aos organizadores.
Tem mais. 2020 é a última corrida em Interlagos do atual contrato da prefeitura com a categoria. Daí para frente, é preciso assinar novo vínculo, que ainda não foi documentado. A pandemia pode estragar isso também. Há muitas incertezas nesse momento na categoria.