E digo que mau presságio era ter Felipe Melo no meio de campo. O jogador mereceu aquele cartão vermelho após ter pisado em Robben. Jogador que faz isso numa partida decisiva em que o seu time mostrou um primeiro tempo bem jogado é porque está totalmente descontrolado e não serve para a posição. Felipe Melo gostava de levar cartões.
O árbitro japonês foi corretíssimo ao tirar o cartão vermelho assim que viu o pisão do brasileiro no rival holandês na tentativa tirar-lhe a bola. Felipe Melo foi duramente criticado por isso. Dunga criou na África esse clima pesado, quase bélico, em seus jogadores. Ele não tinha um time, tinha um exército. Seus homens não eram chamados de jogadores, mas de guerreiros. Só podia dar no que deu. Esse sim poderia ter sido um mau presságio, alertado pela imprensa na época.
O japonês agiu seguindo as regras ao permitir que a falta antes da jogada que gerou a expulsão de Felipe Melo fosse cobrado rapidamente. Portanto, os mais místicos não devem ficar apreensivos com a escolha da Fifa agora. Apitar o jogo de estreia, diante de todos os chefes de Estado e convidados, também deverá ser um momento muito importante para Nishimura. Seguramente de 2010 para cá, ele já apitou dezenas ou até centenas de outras partidas.
Felipão vai conversar com seus jogadores sobre o juiz. Claro. Se possível, vai falar o menos possível daquele partida na África. Nem mesmo os jogadores que estavam em campo, como o goleiro Julio Cesar, apontado também como responsável pelo fracasso por ter errado no gol, deverão ficar preocupados. Felipão não quer que os jogadores pressionem o juiz. Pelas regras da Copa, dois amarelos suspendem o atleta. O fato é que não foi Yuichi Nishimura que eliminou o Brasil em Port Elizabeth e certamente não será ele que fará o resultado em São Paulo.