Desse ano não passa, bradam os seguidores do campeão brasileiro. Essa fé alvinegra é mesmo de dar inveja.
Do outro lado, há o grupo dos secadores, que são todos os outros torcedores da cidade. Palmeirense, são-paulino, santista. Desse ano não passa, provocam os gozadores, é o que eles dizem todos os anos. Deixa pegar um argentino...
Digo que o Corinthians é um dos times mais fortes desta Libertadores. Não está atrás de nenhum outro. No mínimo é igual à maioria. Ter mantido a comissão técnica, com Tite no comando, e todos os principais jogadores do elenco foi tiro certo da diretoria. Isso dará ao grupo a tranquilidade que ele tanto precisa no torneio. Esse Corinthians é uma equipe madura o suficiente para fazer resultados, driblar a catimba dos estrangeiros, superar dificuldades e reverter marcadores.
Não tenho dúvidas disso.
Estrear com o pé direito, claro, vai ser importante, mesmo fora de casa e, por isso, sabendo das dificuldades. Das nove edições passadas, o 'time do povo' estreou com vitória em quatro ocasiões. Em outras três, amargou o dissabor da derrota. Ocorre que a história serve apenas como... fato histórico.
Os jogadores se conhecem, sabem jogar, o meio de campo é forte e o ataque faz gol. Não há uma estrela sequer que roube a cena e ofusque os demais. E isso pode ser bom. Todos vão correr por todos, como foi no Brasileirão de 2011.
Douglas chegou para refinar o meio de campo. Mas vocês viram o que jogou Danilo contra o São Paulo? Esse é o Corinthians dos sonhos de Tite, com peças que se equivalem, opções de troca sem perda de qualidade e algumas cerejas. Os jogadores, de modo geral, dizem que a Libertadores é uma competição diferente, de mais pegada, de jogos para homens de verdade.
É sim tudo isso. Mas é também uma disputa de futebol, de 11 contra 11, de bola redonda. E desde que Charles William Miller trouxe para essas bandas duas bolas, um par de chuteiras, um livrinho com regras e alguns uniformes surrados, ganha quem joga melhor.